Nuno Borges: «Fim de carreira de João Sousa? É motivo para celebrar e não para lamentar»
Nuno Borges entra na segunda-feira em ação no ATP 250 Estoril Open. Na conferência de imprensa realizada em antevisão à prova portuguesa, o português falou ainda do fim de carreira de João Sousa, cujo último encontro vai ser feito neste evento. O maiato assumiu que vai sentir-se emocionado, mas prefere celebrar o percurso do vimaranense no ténis.
- Este Estoril Open é o último torneio da carreira de João Sousa. Para vocês, jogadores, como vivenciam esta edição? É especial de alguma forma?
Acho que já vivi mais intensamente, agora nem tanto. Acho que já me conformei com esse fato. Não, totalmente. É sempre triste ouvir porque foi um jogador que teve um impacto gigante no ténis português. De certa forma é triste, mas ao mesmo tempo acho que é uma celebração vê-lo sair no maior palco português. É uma ocasião para celebrar e não para lamentar. Vou ficar emocionado, isso é inevitável. Para mim ele teve um impacto enorme, principalmente nos últimos anos, porque pude integrar a equipa da Davis Cup com ele. E com certeza vou retirar coisas dele para o meu jogo.
- Sente de alguma forma um peso acrescido pela desistência de João Sousa e teoricamente assumir o papel que ele assumiu até hoje?
De certa forma sim, porque acho que Portugal merece alguém no topo. E eu sinceramente gostaria que não fosse só eu. Acho que estamos em boas mãos. Pelo menos temos Henrique [Rocha] e o Jaime [Faria], que acho que estão no bom caminho e acho que eles podem chegar perfeitamente onde estou e até mais longe. Sei que eles têm capacidades e de certa maneira também me acalmam. Mas acho que Portugal merece estar no topo. Gostaria de continuar a chamar a atenção para o ténis e valorizar cada vez mais o trabalho que viemos fazer. Podíamos contar sempre com o João Sousa. Ele sempre esteve entre os 100 primeiros, tranquilo. Sempre tivemos alguém lá. E mesmo na Taça Davis sempre tínhamos alguém para liderar. E de certa forma agora tem que ser alguém, neste caso eu, para assumir essa responsabilidade. Mas estou tranquilo com isso.