«No Tour tem que se dar tudo. Conseguimo-lo!»

Após ter ganho uma etapa no Tour pela 35.ª vez, em 15 participações e com isso ter batido o recorde que dividia com o retirado belga Eddy Merckx, o britânico Mark Cavendish (Astana), de 39 anos, falou um pouco da preparação ao detalhe que foi necessário para que isso fosse possível e da indispensável ajuda dos companheiros de equipa que o ajudaram quando não se encontra na melhor forma física na 111.ª edição da Volta a França.

Triunfo ainda mais espetacular quando se descobriu nas imagens de vídeo que quando Kavendish cortou a meta em Saint-Vulbas a corrente da bicicleta havia saltado dos carretos. Mas, além do recorde de triunfos em etapas Manx Missile alcançou ainda outro máximo do centenário evento: a maior diferença de temo entre a primeira e última vitória. Isto porque passaram 16 anos desde que ganhou pela primeira vez em a 9 de julho de 2008 e agora a 3 de julhos de 2024. Incrível!

«Honestamente, estou cansado. É meu 15.º Tour e é preciso muito para chegar cá todos os anos. Estou a ficar velho e preciso de ficar em forma todos os anos e isso é difícil. Mas todos têm estado envolvidos, tenho bastante apoio. A minha família veio ontem. Timing perfeito. Ganhar uma etapa pode construir uma carreira e senti sempre a necessidade de vencer mais uma, e outra depois dessa.»

«Astana fez uma grande aposta este ano para garantir que estamos bem na Volta a França. O meu patrão fez uma grande aposta para que viéssemos e vencêssemos pelo menos uma etapa. Isso mostra que é alguém que sabe o que é o Tour. Tem que se dar tudo. Conseguimo-lo!»

 «Trabalhámos exatamente para o que queríamos fazer. Como construímos a equipa, o que fizemos com os equipamentos. Cada pequeno detalhe foi preparado especificamente para o dia de hoje. Por isso vê-se o isso significa! Isso não quer dizer que irmos estar no topo do ranking da UCI nem nada, mas a Volta a França é maior que o ciclismo, não é?»

 «Normalmente levo alguns dias para entrar nisto. Sei como funciona, o meu treinador e as pessoas à minha volta sabem como é. Se todos soubessem como é, todos seriam ciclistas e meu trabalho seria bastante mais difícil. Já fiz 15 Tours até agora, não gosto de ter dias maus e não gosto de sofrer, mas sei que está tudo na cabeça e se nos esforçarmos, superamos.»

«Trabalhamos e pudemos ter uma oportunidade, as coisas ainda têm que acontecer da nossa maneira. Não alcançámos como equipa como desejamos, mas os rapazes improvisaram e colocaram-me na melhor posição e eu lancei-me para o comboio trem que estava a passar e consegui ganhar. Especialmente quando não estamos fisicamente tão bom quanto todos os outros, é definitivamente bom usar um pouco a cabeça», concluiu o britânico da Astana.