Seleção espanhola é a principal favorita à conquista do Euro feminino (IMAGO)
Seleção espanhola é a principal favorita à conquista do Euro feminino (IMAGO)

No caminho de Portugal: Espanha, uma seleção de ouro

La Roja é campeã mundial em título e tem quatro jogadoras que foram consagradas como as melhores do mundo, nos últimos anos

Texto de Amalia Fra, jornalista do AS. Este texto foi escrito no âmbito da Guardian Experts' Network, a rede de troca de conteúdos para a edição 2025 do Campeonato da Europa de Futebol Feminino, liderada pelo jornal inglês The Guardian e que tem A BOLA como representante português.

Espanha chega ao Europeu em excecional forma, com um plantel sólido e apenas algumas interrogações ligeiras. A equipa inclui estrelas como Aitana Bonmatí, Alexia Putellas, Mariona Caldentey, Laia Aleixandri, Irene Paredes, Esther González, Ona Batlle e Patri Guijarro. É a única seleção em prova com quatro vencedoras da Bola de Ouro, uma distinção que La Roja tem dominado desde 2021.

Nem tudo é perfeito, ainda assim. A seleção espanhola está privada das lesionadas Tere Abelleira e Laia Codina, e duas figuras de torneios anteriores, Jenni Hermoso e Ivana Andrés, falham esta fase final. Misa Rodríguez, guarda-redes do Real Madrid, também fica de fora. A selecionadora, Montse Tomé, acelerou os primeiros passos de uma transição geracional.

Espanha chega ao torneio com estatuto de favorita, ao contrário do que sucedia em 2022. É a seleção n.º 1 da Europa e a n.º 2 a nível mundial, atrás dos Estados Unidos. É detentora do título mundial, de resto, e conquistou também uma Liga das Nações, prova em que está qualificada para a final four deste ano. A fasquia está elevada: tudo o que não seja uma presença na final de Basileia, a 27 de julho, será um fracasso.

Selecionadora: Montse Tomé 

Montse Tomé (IMAGO)

Assumiu o cargo em setembro de 2023, na sequência da polémica que ditou a saída do presidente da federação espanhola, Luis Rubiales, após o beijo à jogadora Jenni Hermoso nas comemorações do título mundial. Montse era adjunta do anterior selecionador, Jorge Vilda, mas conseguiu acalmar as coisas. Sob a sua liderança, a seleção espanhola venceu a primeira edição da Liga das Nações, mas ficou aquém do esperado nos Jogos Olímpicos. Sem medo de tomar decisões difíceis, deixou Jenni Hermoso e outros nomes sonantes fora do Euro.  

Estrela: Alexia Putellas 

Alexia Putellas (IMAGO)

A referência indiscutível. A média do Barcelona foi cruelmente afastada da edição anterior, devido a lesão grave sofrida poucos dias antes do torneio. Agora surge totalmente apta, e depois de uma época extraordinária no clube. A mistura entre experiência e classe faz dela figura central na estratégia de Montse Tomé. 

A ter em conta: Clàudia Pina  

Clàudia Pina (IMAGO)

A avançada do Barcelona, de 23 anos, é uma estrela em ascensão. Há seis meses não tinha lugar na equipa de Montse Tomé, agora é indispensável. Os seus golos foram cruciais para garantir a presença espanhola nas meias-finais da Liga das Nações. Não esteve no Mundial, mas surge agora com algo para prova, e em forma para o conseguir. Uma figura da nova geração. 

Onze-base

Cata; Ona, Paredes, Aleixandri, Olga; Aitana, Patri, Alexia; Mariona, Esther e Pina.  

Objetivo realista

Chegar à final.