Mundial voleibol: «A pressão é um privilégio porque nós estamos aqui!»
Começa hoje o Mundial de voleibol onde Portugal participa pela terceira vez na história da modalidade. Um regresso 23 anos depois ao torneio que surge de cara lavada a mais de 12 mil quilómetros de distância.
Nas Filipinas estarão pela primeira vez 32 seleções que vão passar a jogar de dois em dois anos pelo título de melhor do Mundo.
E a Seleção Nacional é uma destas, não com ambições tão grandes, mas disposta a não regressar a casa após a fase de grupos. Aliás, o formato é simples e implacável: as equipas foram divididas em oito grupos de quatro, e apenas as duas melhores de cada grupo avançam para as rondas a eliminar, que começam nos oitavos de final.
«Queremos passar à fase seguinte. Percebemos que não somos favoritos, mas ambicionamos ser competitivos», assumiu o selecionador nacional, João José, em contagem decrescente para a estreia que acontece, amanhã, às 6h30 portuguesas, frente aos cubanos.
«Devemos ter consciência de que Cuba e Estados Unidos são candidatos não só à passagem, como às medalhas. Mas isto é desporto e nós, e a Colômbia, ambicionamos qualificar-nos para a fase seguinte. Trabalhamos diariamente, temos um grupo que é extremamente ambicioso, focado e que quer atingir a fase a eliminar, consciente das dificuldades e de que vamos ter que trabalhar muito, até durante os jogos, para o conseguir», avisou o técnico português, antigo internacional.
Para já a ambição não excede os oitavos naquela que é a terceira participação de Portugal em Mundiais de voleibol, depois do 15.º lugar em 1956, em França, e do oitavo em 2002, na Argentina.
✨ What a start to the Men’s World Championship in the Philippines 🇵🇭✨
— Volleyball World (@volleyballworld) September 12, 2025
From the electrifying performance by BOYNEXTDOOR 🎶🔥 to the colorful flag parade 🌍🏳️, the energy was off the charts.
The moment reached its peak with the ceremonial serve by His Excellency Ferdinand R.… pic.twitter.com/8l8VYYmSWF
Um longo jejum antes de enfrentar os dois rivais mais poderosos do grupo e a estreante Colômbia. Medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Paris-2024, os Estados Unidos foram uma vez campeões do Mundo, em 1986, e duas bronze, enquanto Cuba tem duas pratas e dois bronzes.
«Deveríamos libertar-nos de qualquer pressão, pois essa não está do nosso lado. Queremos tanto passar, que não podemos bloquear. Não sendo favoritos, devíamos estar mais soltos e desfrutar mais da experiência. Controlar as emoções no momento de jogar», justificou o técnico.
«A pressão é um privilégio porque nós estamos aqui, ou seja, nós somos privilegiados por cá estar. Esta pressão que estamos a sentir é perfeitamente normal e devemos abraçá-la, por assim dizer, ou seja, faz parte».
Pois, então que comece o jogo.