Donald Trump nas Nações Unidas
Donald Trump nas Nações Unidas - Foto: IMAGO

Mundial 2026: EUA reforçam defesa contra drones

Plano milionário destina-se a garantir a proteção dos jogos que terão lugar em território norte-americano

A Casa Branca vai lançar um programa federal de 500 milhões de dólares (430 milhões de euros) para reforçar a segurança aérea durante o Mundial 2026, que será disputado nos Estados Unidos (EUA), Canadá e México. A medida visa ajudar governos estaduais e locais a desenvolver sistemas de defesa contra drones, numa altura em que as autoridades norte-americanas identificam este tipo de tecnologia como uma das maiores ameaças à segurança de grandes eventos.

O plano, liderado pelo Grupo de Trabalho da Casa Branca para o Mundial 2026, coordenado por Andrew Giuliani, destina-se a garantir a proteção dos jogos que terão lugar em território norte-americano. As cidades anfitriãs vão poder utilizar o financiamento para adquirir equipamentos capazes de detetar, bloquear ou neutralizar drones que entrem indevidamente no espaço aéreo sobre os estádios.

Segundo Giuliani, «governadores, comissários de polícia e responsáveis pela segurança dos estádios consideram essencial dispor dessas ferramentas para proteger os locais dos jogos». O programa insere-se num esforço mais amplo do governo norte-americano para enfrentar ameaças vindas do ar - seja de grupos terroristas, criminosos ou simples utilizadores descuidados - e surge no contexto de outros grandes eventos internacionais que o país acolherá, como o 250.º aniversário dos EUA em 2026 e os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028.

Atualmente, apenas agências federais, como o Departamento de Segurança Interna (DHS) e o Departamento de Justiça, têm autoridade legal para intercetar ou neutralizar drones. A Casa Branca estuda mecanismos temporários para permitir que as forças de segurança locais também o possam fazer durante o torneio, caso o Congresso não avance com nova legislação.

As preocupações não são apenas de segurança, mas também estratégicas: o governo norte-americano quer usar o Mundial como impulso para acelerar a inovação no setor dos drones e reforçar a competitividade dos EUA nesta área.

«Vamos usar o Mundial como fator de urgência», disse Giuliani. «Os jogos começam em nove meses e não há margem para adiamentos. Precisamos garantir que tudo decorre com a máxima segurança.»