Mourinho reage à queixa da APAF: «Se não posso criticar o trabalho de um árbitro...»

As palavras de José Mourinho para a equipa de arbitragem após o empate a uma bola do Benfica diante do Rio Ave no Estádio da Luz levaram a Associação Portuguesa de Árbitros Profissionais (APAF) a avançar com uma queixa junto do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), e o técnico das águias já reagiu a essa decisão, esta quinta-feira.

«Tenho que me adaptar. Tem sido uma característica minha tentar adaptar-me sempre a todos os níveis aos locais onde trabalho. Portugal, a Liga portuguesa, agora é novo para mim. Tenho muito, muito claro que a ofensa pessoal, pôr em causa a dignidade das pessoas... eu tenho muito, muito claro que não o posso fazer e não o fiz», começou por dizer, em conferência de imprensa de antevisão ao duelo com o Gil Vicente.

«Se não posso criticar o trabalho de um árbitro da mesma maneira que milhões de pessoas criticam o meu trabalho, não penso que seja muito democrático. Eu sinto que não fiz nada que se justifique nenhum tipo de ação, seja ela disciplinar ou seja ela para analisar a profundidade das palavras. Honestamente, não sinto. Até me lembro de ter dito que o árbitro não teve influência nenhum no resultado jogo, nem disse que o golo devia ter sido validado, disse que é o futebol dos dias de hoje. Não penso que tenha tido nenhum tipo de declaração justificativa», explicou.

«Se é assim e quiserem ser objetivos e dizer que é proibido falar dos árbitros, tornam a nossa missão mais fácil. Se alguém me der uma diretiva dizendo claramente 'é proibido analisar o trabalho dos árbitros' acho que facilita muito a vida», acrescentou.