Micael Sequeira orienta o Sporting desde outubro do ano passado - Foto: SPORTING CP
Micael Sequeira orienta o Sporting desde outubro do ano passado - Foto: SPORTING CP

Micael Sequeira: «Temos uma boa vantagem mas estamos no intervalo»

Treinador da equipa feminina do Sporting fez a antevisão do duelo com a Roma, decisivo para as contas na Champions, e afirmou que o apuramento seria um prémio merecido para as suas jogadoras

Depois de vencer em Roma com uma reviravolta dramática já na compensação (2-1), o Sporting procura segurar ou acrescentar esta vantagem na 3.ª pré-eliminatória da UEFA Champions League feminina e Micael Sequeira vincou isso mesmo, enaltecendo a importância de acabar o trabalho, feito na capital italiana, em Rio Maior, palco do jogo de quinta-feira.

«Sim, sem dúvida, é uma boa vantagem, não há como negar, mas ter bem a noção de que estamos no intervalo, falta a segunda parte. Foi muito importante terminar a primeira parte da forma como terminámos, mas os primeiros 45’ da Roma foram fortíssimos e tivemos felicidades, cometemos alguns erros. Depois acabam por fazer golo numa bola parada. Depois do intervalo, com alguns ajustes, acabamos por ser mais próximos do que esperamos ser no futuro e acabamos com uma certa felicidade de conseguir virar o resultado e terminar esta 1.ª parte com essa vantagem importante, mas não é decisiva e vai ser extremamente difícil de manter», começou por dizer, falando do ritmo alto do adversário.

«Essa diferença de ritmo fez-se sentir na 1.ª parte, era o 5.º jogo oficial da Roma e o nosso era o 1.º, e isso sentiu-se. Perfeitamente normal, e sentiu-se depois que na segunda parte, com mais andamento, equilibrou neste sentido. Neste jogo acredito que poderá haver uma influência muito grande. Vão tentar igualar-nos e vão haver muitos duelos individuais, mas vamos procurar ser competitivos», explicou, abordando o facto do jogo se jogar em Rio Maior e não em Alvalade ou Alcochete.

«O calendário o obriga. Se fosse possível jogar no nosso estádio seria melhor, mas isso não pode servir de desculpa, pode servir de incentivo aos nossos adeptos para fazerem um esforço e irem a Rio Maior. As jogadoras merecem este pequeno esforço e para elas sentirem o apoio, era extremamente importante. Se tivermos a força dos nossos adeptos em Rio Maior vai-nos ajudar. Os adeptos podem transmitir muita força para depois conseguirmos aquilo que queremos. É um jogo muito importante e seria de facto um prémio para todo o grupo de trabalho. Repito, para as jogadoras. Temos muita confiança que possamos ultrapassar este difícil adversário. Falta a segunda parte e temos de fazer de tudo o que está no nosso alcance. Prémio para as jogadoras, clube e adeptos que depois podem ter grandes jogos para assistir e preferivelmente no nosso estádio, seria o ideal», atirou, lembrando que as italianas pouparam no último jogo.

«Houve alguma gestão por parte da Roma no último jogo, até porque já tinham a qualificação garantida para a taça da liga. Alteraram a maneira de jogar, portanto acho que essa vantagem não vai ser assim tão visível. Vai ser mais visível o equilíbrio emocional, estamos por cima da eliminatória, mas ter a consciência de que não vamos poder relaxar. A Roma vai ser muito, muito forte, agressiva. É não se deixar afetar e estar sempre focada no presente, isso vai fazer toda a diferença. Se conseguirmos ser iguais a nós próprios, isso vai fazer a diferença num jogo desta dimensão», garantiu, afirmando que os jogos na fase de grupos da Champions iam ajudar a subir o nível.

«Era muito importante, o problema é sempre muito grande e requer uma resposta ao alto nível da nossa parte, equipa técnica e jogadoras, e isso só vai melhorar a equipa. Depois no campeonato, mantendo o rigor. Aí entra o lado mental, encarar o jogo da mesma maneira. Mas acredito que o nível competitivo da Champions vai valorizar as jogadoras em ritmo de jogo. Vai acrescentar em termos competitivos. Seria importante nesse sentido», finalizou.

Joana Martins: «Primeiro jogo não vale de nada se não dermos uma boa resposta»

«A Roma é uma excelente equipa, experiente na Champions, mas o primeiro jogo já passou, a importância é no segundo. Não vale de nada o primeiro jogo se não dermos uma boa resposta. Festejámos, ficamos felizes, deu-nos confiança, mas estamos focadas. Objetivo passa sempre por ganhar», começou por dizer Joana Martins, comentando o facto de ter usado a braçadeira pela primeira vez em Roma.

«Vestir a camisola do Sporting é sempre um orgulho, mas ser capitã era um sonho que tinha desde criança, um sonho tornado realidade. Jovens? Acolhemos sempre da melhor maneira e elas sentem-se bem no grupo», garantiu, voltando ao foco na eliminatória.

«Temos sempre de acreditar do início ao fim e temos começado bem esta época. Estamos focadas na Champions e em passar a eliminatória. Não pensamos tanto nesse objetivo [do apuramento], sim em treinar todos os dias para o atingir, Não pensamos no final, no processo e o desfecho será a cereja no topo do bolo. É treinar todos os dias», finalizou.