Martínez: «A minha terra esteve a torcer por Portugal»
Com a rouquidão habitual dos vencedores, Roberto Martínez falou com os jornalistas em Munique antes do regresso a Portugal com a Taça da Liga das Nações. Com parte dos jogadores a ansiar por férias, cerimónias com a Taça só para setembro.
O selecionador surgiu com a medalha de vencedor ao peito e falou no que significa:
«É só um símbolo, um sinal de todo o esforço, o trabalho feito pelos jogadores, pela equipa técnica. E agora estou sem voz, sem descanso, mas muito orgulhoso. E... Parabéns e obrigado pelo apoio que tivemos no estádio, porque o adepto português fez um ambiente incrível. E criamos uma memória juntos. Acho que nunca vamos esquecer.»
Martínez partilhou aquilo em que pensou sendo já campeão, referindo que recordou a caminhada até à final, que lhe deu o primeiro título por uma seleção. «Sim, há momentos. Acho que foi o jogo na Dinamarca, o jogo na Croácia... É uma competição muito exigente. São 10 jogos. O momento da final... Também relembrei o momento contra a França no Eur0 2024 [eliminação]. E utilizámos a experiência para poder ganhar um título. É isso, todos os dias melhorar. E muito, muito orgulhoso pelo que os jogadores fizeram.»
Como é que foi a festa? O que pode contar? «Acho que o que acontece com os jogadores... tenho de falar com eles (risos). Não, foi muito natural, muita alegria, música portuguesa. Foi incrível. As pessoas ajudaram muito. Foi um momento muito especial».
Sendo espanhol, qui saber-se como foi vivido o jogo pela sua família e na sua terra - corações divididos?: «Não, não, não. Posso dizer que a minha terra era [a torcer por] Portugal. Ficaram muito contentes, puxaram muito.» Roberto Martínez é natural de Balaguer, na Catalunha.
Como espera ser recebido em Lisboa? «Não há uma receção oficial. É mais para setembro. Muitos jogadores que já vão embora. Então acho que no fim de outubro, no jogo em casa, vamos ter oportunidade de oferecer a taça aos adeptos e a Portugal e também em setembro os jogadores gostariam de fazer qualquer coisa mais oficial. Hoje é tentar recuperar a voz e regressar a casa.»
Já está a pensar no Mundial? «É o nosso trabalho. Já disse que o apuramento para o Mundial é muito rápido: Três meses, seis jogos. Então o foco já está nos jogos de setembro.»