Marta é tricampeã mundial de surf adaptado, Camilo conquista bronze.

Surfista de Viana do Castelo junta o título ao de campeã da Europa ganho em julho. Camilo Abdula não consegue manter o ceptro mas garante o bronze.

Marta Paço sagrou-se, este sábado, em Huntington Beach, estado da Califórnia, tricampeã mundial de surf adaptado, na classe VI1, destinada a atletas com deficiência visual. . Camilo Abdula (Stand 1) conquistou o bronze e falhou a revalidação do título.

Nos Estados Unidos, a surfista de Viana do Castelo (8,67 pontos), acompanhada pelo treinador Tiago Prieto, somou o terceiro título consecutivo no Mundial de Para Surfing da Associação Internacional de Surf ao derrotar na final a francesa Valentine (6 pts) , a espanhola Carmen Lopes (4,50 pts) e a também gaulesa Juliette Mas (1 pt) .

Os dois primeiros títulos haviam sido conquistados em Prismo Beach, igualmente na Califórnia. Marta, de 18 anos, junta assim o troféu mundial ao título europeu conquistado em julho, em Valdoviño, Espanha.

«Obviamente que estou supercontente. A Seleção Nacional é uma família. Esta medalha de ouro não é minha, mas sim de Portugal e em especial desta equipa» confessou Marta numa curta entrevista à ISA. 

«Cada medalha é diferente, todos os anos há sentimentos e sensações díspares, e este título foi o mais difícil dos três que já conquistei, mas tem esse lado de superação e triunfo, com mais esforço para ultrapassar a parte mental», sublinhou a tricampeã mundial, citada em comunicado da Federação Portuguesa de Surf. 

«As condições este ano foram muito diferentes, esta onda tem um pouco mais de força do que estou habituada e estimulou mais a minha ansiedade, o que se refletiu nos meus heats. Mas saio com a sensação de dever cumprido e espero estar aqui de novo para o ano e ainda mais forte», acrescentou a surfista vianense.

Camilo Abdula (7,73 pts) terminou em 3.º na final ganha pelo brasileiro Roberto Pino (16,94). «Missão cumprida. O objetivo era chegar à final e consegui-o. Não consegui ser novamente primeiro, mas a competição é assim e os adversários, hoje, estiveram melhor. Para o ano há mais», disse o atual campeão europeu de surf adaptado.

«Cumprimos todos os objetivos e com aprendizagem dos mais novos da equipa, sobretudo do Afonso, que nunca cá tinha vindo», anotou João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, em jeito de balanço da prestação da comitiva portuguesa que além de Marta Paço (VI 1) e Camilo Abdula (Stand 1) contou ainda com Tomás Freitas (Kneel) e Afonso Faria (Prone 2).