«Marcos Leonardo é um avançado muito bom, tem tudo para chegar ao topo»
Marcos Leonardo, joia do Santos, está muito perto de ser reforço do Benfica. O Peixe atravessa um momento delicado, tendo sido relegado pela primeira vez na sua história e, com vários interessados no jovem avançado, sabe que será muito difícil agarrar-se ao prodígio brasileiro. A BOLA contactou Ariel Holan, o treinador que apostou em Marcos Leonardo no Santos, para perceber com que tipo de jogador o Benfica vai contar nas suas fileiras.
— Quais são os pontos fortes do jogador como avançado?
— O Marcos é um avançado muito bom, tem um jogo muito forte dentro da área, e também tem muita qualidade fora dela. Tem muita técnica, como é costume nos jogadores brasileiros, são todos muito tecnicistas (risos). Ele é um bom avançado não apenas porque ocupa boas posições dentro da área, mas também porque remata muito bem, nunca falha a baliza. É um jogador muito bom, com um grande caráter. O Santos tem passado por tempos complicados nos últimos três anos, e isso acaba por ser importante para o desenvolvimento dele, porque ele joga muito bem numa equipa que não atravessa um momento muito bom [a equipa foi relegada pela primeira vez na história do clube]. Ele marcou um golaço na Libertadores contra o San Lorenzo, quando eu era treinador. Tenho ideia que até foi o jogador mais jovem de sempre a marcar na competição com esse golo… Bem, se não foi ele, foi o Ângelo, que marcou na outra mão da eliminatória (Nota: foi realmente Ângelo).
— Como é o comportamento dele nos treinos e fora de campo, em termos de ética de trabalho, disciplina e dedicação?
— Tem um comportamento exemplar, sem dúvida. Dentro e fora do campo, ele é maravilhoso. Acho que tem de desenvolver a sua carreira na Europa e penso que vai melhorar muito. No Santos, nestes anos, não foi fácil.
— E está pronto para o futebol europeu?
— Sim, penso que sim. Porque, como disse, ele jogou no Santos com o clube numa situação complicada, com muita pressão. É preciso recordar que o Santos é um grande clube, com muita história. Foi uma das melhores equipas do mundo na década de 60, com o Pelé… na altura, até abdicaram de jogar a Libertadores para disputar outras competições e jogos a nível mundial. Quando se tem uma história tão rica como a do Santos, é difícil para os adeptos lidar com as dificuldades mais recentes do clube.
— Como é que o jogador lida com a pressão em situações importantes, como jogos decisivos ou competições difíceis?
— Ainda é jovem, mas vai continuar a desenvolver a sua mentalidade. Como disse, o Santos não atravessa um bom momento, mas ele soube lidar e jogou bem. Tem muito que fazer.
— Tem potencial para se tornar uma figura de destaque não apenas no Benfica, mas também a nível internacional?
— Acho que no futebol não é fácil fazer previsões, tudo pode acontecer. Futebol é futebol, é imprevisível. Mas ele tem todas as condições para chegar ao topo. Veremos, mas eu acredito nele.
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