Sadio Mané - 111 golos (IMAGO) - Foto: IMAGO

Mané assume relação conturbada com colega no Liverpool: «Fiquei furioso...»

Atual avançado do Al Nassr falou sobre a relação nem sempre pacífica com Mo Salah e recordou um episódio mais tenso entre os dois

Sempre foi tema quando ambos estavam no Liverpool, e depois de Roberto Firmino ter falado sobre o assunto recentemente, agora foi a vez de o próprio Sadio Mané ter aberto o livro sobre a relação nem sempre perfeita que viveu com Mo Salah quando ambos partilharam o balneário nos reds.

No podcast de Rio Ferdinand, o agora jogador do Al Nassr reconheceu que a convivência entre os dois não foi maravilhosa, mas disse que isso não era necessariamente mau.

«Toda a gente diz o mesmo, que havia uma rivalidade. Mas não creio que isso seja algo mau», começou por dizer.

«Sou uma pessoa bastante discreta, mas dou-me bem com toda a gente na equipa. Penso que o Mo também é um tipo muito simpático. Mas em campo, como viram, às vezes passava-me a bola, outras vezes não. Só o Bobby [Roberto Firmino] é que estava lá para partilhar a bola», continuou.

Mané recordou depois um episódio que aconteceu entre ambos durante um jogo, em 2019, frente ao Burnley. «Ainda me lembro. Fiquei muito, muito furioso depois do jogo porque ele não me passou a bola quando devia», contou.

«Ele [Salah] veio ter comigo. Queria falar, mas não sabia como abordar o assunto. Pensava que eu ainda estava zangado. Perguntou-me: 'Podemos falar?' Eu disse: 'Ok, sem problema, vamos a isso'. E ele disse: 'Achas que eu não te quis passar a bola? Eu não marquei. Foi o Bobby que marcou. Mas mesmo quando tive a bola, não pensei em passar-ta. Só quis rematar. Não tenho nada contra ti. E, honestamente, se puder passar-te a bola e te vir, fá-lo-ei», recordou.

«Disse-lhe: 'Não, não te preocupes. Já passou. Fiquei furioso porque acho que, com o teu talento, podes fazer-me passes melhores», reconheceu.

No entanto, diz Mané, esse episódio ajudou a melhorar a relação dos dois: «Acho que, a partir daquele dia, ficámos ainda mais próximos. E isso acontece. Para mim, não era nada pessoal. Ele só quer marcar, marcar, marcar. Eu disse-lhe: 'Mo, se queres ser o melhor marcador, eu posso ajudar-te. Não tenho qualquer problema com isso'.»