Lukebakio, extremo do Benfica, no jogo com o Rio Ave - Foto Miguel Nunes

Lukebakio trouxe vertigem e ideias, mas faltou tanto... (as notas do Benfica)

Em equipa com exibição com pouca cor, destacou-se o reforço em estreia no empate com o Rio Ave desta terça-feira, jogo em atraso da 1.ª jornada
Figura do Benfica: Lukebakio (6)
O extremo internacional belga entrou aos 65 minutos e mostrou argumentos logo na primeira vez que tocou na bola: grande receção, movimento para o meio e remate que saiu tresloucado, sem a direção da baliza. Lukebakio vem de lesão e jogou pela primeira vez pelo Benfica, não terá seguramente a melhor condição, mas em quase todos os lances que teve colocou qualidade, capacidade para mudar o jogo da equipa e dar-lhe mais e melhores soluções. Aos 69' quase fez golo e a entrar pelo flanco esquerdo, mas o chapéu ao guarda-redes ficou curto; aos 72' quase ofereceu o golo a Richard Ríos com um cruzamento muito perigoso e intencional; aos 86' arrancou, ganhou o flanco direito e cruzou com inteligência para o golo de Sudakov.

TRUBIN (5) - Sem trabalho ou possibilidade de se mostrar durante o jogo inteiro. Concentrado. Mas sem asas para parar o remate do golo de André Luiz.

DEDIC (5) – Com muita vontade e iniciativas a queimar linhas para esticar a equipa, mas nem sempre com discernimento suficiente. Conseguiu agitar o flanco direito, a espaços, mas foi principalmente a defender que se destacou, sobretudo num grande corte, aos 50’, a negar a Aguilera um lance de golo iminente.

ANTÓNIO SILVA (6) – Resolveu com segurança vários lances de atrevimento do adversário e colocou qualidade na condução de bola, assumindo a responsabilidade de passes muito bons. Aos 55’ fez um grande cruzamento para Pavlidis rematar de cabeça. Aos 60’ esteve no lance do golo anulado ao Benfica.

OTAMENDI (6) – Intratável a tapar caminho ao ataque do Rio Ave e sempre a empurrar a equipa para a frente. Aos 60’ ganhou lance no qual o Benfica marcou golo, mas anulado por falta do central argentino.

DAHL (4) – Competente a defender, quis dar profundidade na ala esquerda, mas faltou-lhe qualidade nos cruzamentos e decidiu mal em vários lances prometedores. Teve espaço (e foi dos poucos na primeira parte) para fazer mais e melhor. Aos 26’ fez um bom passe a que Sudakov, com espaço no centro da área, não deu boa sequência.

AURSNES (4) – Equilibrado, mas sem capacidade para desiquilíbrio no flanco direito. Bom remate aos 45+4’, mas ao lado do poste. Com a saída de Dahl passou para lateral-esquerdo, mas pareceu cansado e, pese embora haja mais mérito de André Luiz do que demérito do nórdico, Aursnes concedeu muito espaço ao avançado para rematar para golo do Rio Ave.

RICHARD RÍOS (4) - Muita amplitude defensiva em todo o campo e agressividade, menos no lance do golo do Rio Ave. Também mostrou pouca arte para fazer crescer a equipa quando teve a bola nos pés. Demasiados passes errados, um remate tresloucado por cima da trave e milésimos de segundo atrasado para fazer golo ao segundo poste, aos 72’.

BARRENECHEA (5) – Não colocou muita velocidade no campo e no jogo, mas ocupou bem os espaços defensivos e foi dos mais eficazes a sair na pressão à saída de bola do Rio Ave. Aos 69’ fez grande passe que deixou Lukebakio na cara do golo. Menos fresco, permitiu mais espaço ao Rio Ave na reta final do jogo e não ficou bem na fotografia do golo do Rio Ave, esteve a frente a frente com o homem que fez o passe para André Luiz correr e empatar.

SUDAKOV (6) – Sempre a pedir bola, a querer assumir a organização do jogo ofensivo e com passes diferenciados, mas neste jogo passou demasiado tempo ausente e talvez muito longe das zonas de finalização. Quando se aproximou, marcou um bom golo.

PAVLIDIS (5) – Pressionou muito, deu muito trabalho à defesa e tentou encontrar espaço num labirinto de pernas para rematar à baliza, mas faltou inspiração ao ponta de lança. Poderia ter rematado melhor de cabeça num cruzamento de António Silva e surgiu, veloz, a confirmar a bola dentro da baliza, aos 60’, num lance invalidado por falta de Otamendi.

IVANOVIC (5) – Foram dele os lances de maior agressividade durante a primeira parte, pelo flanco esquerdo, mas faltou-lhe um pouco mais de qualidade na definição para ser feliz nas boas intenções.

SUPLENTES

SCHJELDERUP (5) – Trouxe versatilidade e maior criatividade à ala esquerda, com drible e cruzamento, mas ainda assim um pouco inconsequente.

LEANDRO BARREIRO (4) - Sem tempo para muito, mas repartiu responsabilidade a meio-campo, sob a esquerda, no espaço e tempo concedido ao Rio Ave para lançar o golo do empate.

HENRIQUE ARAÚJO (-) - Sem tempo, sem bola.