Lens ousa matar o sonho do penta ao PSG
Arsenal, Inter, Barcelona, Bayern e… Lens. São esses os respetivos líderes das cinco melhores ligas europeias. Ainda não se sabe quem vai passar o ano na liderança da Premier League e da Serie A, mas esse não é o caso da LaLiga, da Bundesliga e também da Ligue 1. Os bávaros e catalães ainda jogam em 2025 e têm mais do que três pontos de vantagem para o segundo classificado, enquanto os franceses estão em primeiro lugar com mais um ponto do que o tetracampeão PSG, mas a liga francesa só volta em 2026.
Por isso, de forma surpreendente, o Lens vai celebrar o Natal e o Ano Novo no topo e espera continuar a sonhar com um título que não seria inédito, porque já conquistaram o campeonato em 1997/98, temporada em que a França venceu o Mundial, mas o segundo na sua história e o primeiro deste século.
Nos últimos anos, desde o regresso ao principal escalão do futebol francês em 2020/21, o clube tem estado em claro crescimento e sempre na primeira metade da tabela: terminou três vezes no sétimo lugar, o pior registo foi na temporada passada em que acabou na oitava posição e não conseguiu o acesso às competições europeias, sendo que o destaque vai para 2022/23, em que foi vice-campeão, precisamente atrás do PSG. O treinador na altura era Franck Haise, atualmente no Nice.
Agora, depois da passagem de Will Still, o homem no leme é Pierre Sage, ex-Lyon, que se estreou precisamente frente à sua antiga equipa, de Paulo Fonseca, com uma derrota caseira (0-1). Só a jogar na Ligue 1, ainda perdeu com o PSG (0-2) na quarta jornada, mas só voltou a conhecer o sabor da derrota na 10.ª ronda, em casa do Metz (0-2). De resto, tem 12 vitórias em 13 jogos (nulo com o Rennes) e leva uma série de 6 consecutivas, a última foi na receção ao Nice.
Pierre Sage remodelou a equipa
Nessa última partida, quem marcou os dois golos foi o reforço de verão Edouard, contratado ao Crystal Palace por 3,7 milhões de euros. O avançado francês é o melhor marcador da equipa com 7 golos e 2 assistências, e o quarto do campeonato, atrás de Panichelli (9), Lepaul (9) e Greenwood (11), mas todo o trio de ataque está muito envolvido nos golos: Wesley Said tem 6 tentos e 2 assistências, enquanto o campeão do mundo Thauvin soma 5 golos e 2 assistências, neste seu regresso à Europa.
A equipa de Sage joga num sistema de 3-4-3 e um dos centrais indiscutíveis é Malang Sarr, antigo jogador do FC Porto. Durante o verão, o Lens fez uma grande remodelação do plantel e gastou um total de 54,4 milhões de euros: as maiores contratações foram Baidoo e Sangaré por 8 milhões de euros cada ao futebol austríaco, ao Salzburgo e Rapid Viena, respetivamente. Por outro lado, fez €89M em vendas, com destaque para as saídas de Danso (Tottenham, €25M), El Aynaoui (Roma, €23,5M) e Diouf (Inter, €20M).
Mesmo assim, parece que a equipa está mais forte do que nunca e o objetivo passa por regressar às competições europeias, mas, quem sabe, se pode sonhar com algo mais, além de voltar a jogar a Liga dos Campeões.
Mónaco e Lille evitaram o penta
Depois de ganhar praticamente tudo na época anterior (só faltou o Mundial de Clubes), o PSG procura conquistar pela primeira vez na sua história o pentacampeonato. Em 2016/17, o Mónaco, de Leonardo Jardim, impediu que isso acontecesse e em 2020/21 foi a vez do Lille, de Galtier, impedir o tetra.
Agora, os parisienses têm nova oportunidade, mas têm pela frente um Lens em forma, uma equipa que é a melhor defesa do campeonato (13 golos sofridos) e que conta com um grande apoio dos seus adeptos.
No entanto, o PSG tem um fator importante a ter em conta: pela primeira vez ataca o penta com Luís Campos do seu lado e não no do principal adversário.