Lamine Yamal, a bola, o jogo e o Mundo no bolso de Nuno Mendes (as notas de Portugal)
9 Diogo Costa (36 jogos, -23 golos) - Começou por ser uma espécie de observador de pista de aeroporto, vendo bolas e bolas e bolas (Yamal, Pedri, Nico Williams) a passar por cima e ao lado da baliza. Depois, num sucessão de azares, viu Zubimendi fazer o primeiro. Em cima do intervalo, no cara a cara com Oyarzabal, fez a mancha mas a mancha não impediu o segundo de Espanha. Apertado por um remate de longe de Fabián Ruiz, respondeu à altura. Tal como, perto do fim, a tiraço de Isco. Defendeu o quarto penálti da Espanha (Morata).
5 João Neves (16 jogos, 0 golos) -Muito mais dificuldades a lateral direito comparativamente ao jogo com a Alemanha e, azar dos azares, corte demasiado curto que colocou a bola no pé direito de Zubimendi, que chegou ao 1-0. Passou também algum tempo na zona central do terreno, sem a influência que tem no PSG.
7 Rúben Dias (68 jogos, 3 golos) - Corte de calcanhar no pré-golo da Espanha, que lhe saiu demasiado curto. Logo a seguir, em esforço, grande corte sobre Nico Williams. Em cima do intervalo colocou, quase milimetricamente, Oyarzabal em jogo no segundo golo da Espanha. Subiu imenso de rendimento na segunda parte, sendo importante também no jogo ofensivo de Portugal.
5 Gonçalo Inácio (16 jogos, 2 golos) - Sempre de olho em Oyarzabal, viu cartão amarelo logo aos 19 por falta sobre o 21 espanhol. Chegou atrasado à simulação de Oyarzabal no 1-0 e não teve cobertura de ninguém no seguimento dessa jogada foi passado peplo basco na jogada do 2-0. Saiu, perto do fim, a coxear e amarelado.
6 Bernardo Silva (102 jogos, 13 golos) - Jogou sempre muito em esforço e pouco com aquela leveza que caracteriza o seu jogo. Tal como acontecera frente à Alemanha. Não foi o Bernardo exuberante, foi o Bernardo rigoroso taticamente.
7 Vitinha (29 jogos, 0 golos) - Pouca bola, pouco espaço, pouco Vitinha. Subiu de rendimento na segunda parte e no prolongamento, mas ainda distantes da soberba exibição na final da Liga dos Campeões. Bateu (e marcou) o segundo penálti de Portugal.
7 Bruno Fernandes (80 jogos, 25 golos) - Pareceu interiorizar a frase de Rui Borges no Sporting: faltou-lhe inspiração, não lhe faltou atitude. Correu muito, muito, muito, raramente com aquela capacidade de perfurar as defesas adversárias. Bateu (e marcou) o terceiro penálti de Portugal.
5 Francisco Conceição (11 jogos, 2 golos) - Não teve o espaço para progredir que teve frente à Alemanha, também porque foi obrigado a defender muito mais.
7 Cristiano Ronaldo (221 jogos, 138 golos) - O ‘velho’ é f*****. Andou por ali minutos a fio recebendo e devolvendo, aos médios, muitas bolas de costas para a baliza. Espécie de peixinho fora de água ou ilhota no meio do oceano. De repente, porém, vê aquilo que quase ninguém via: a progressão de Nuno Mendes, o cruzamento de Nuno Mendes, a hesitação de Cucurella e a bola ali à frente do ex-peixinho fora de água e da ex-ilhota no meio do oceano. Pum, golo. Uma oportunidade, um golo. Repete-se: o ‘velho’ é f*****.
6 Pedro Neto (17 jogos, 2 golos) - Muito arranque, pouca clarividência, mas muito empenho e, sobretudo, sempre focado na baliza e nos cruzamentos.
6 Rúben Neves (58 jogos, 0 golos) - Entrou para permitir maior liberdade a Vitinha, mas não teve grande influência. Bateu (e marcou) o quinto e decisivo penálti de Portugal.
6 Nélson Semedo (44 jogos, 0 golos) - Quase a marcar, aos 92', após cruzamento (claro) de Nuno Mendes. Imponente a defender o lado direito da defesa.
6 Rafael Leão (40 jogos, 5 golos) - Entrou fresco e esse frescura permitiu-lhe criar muitas jogadas perigosas no lado esquerdo do ataque de Portugal.
6 Renato Veiga (5 jogos, 0 golos) - Seguro e fechar o centro da defesa e também as zonas laterais.
5 Gonçalo Ramos (16 jogos, 9 golos) - A missão ingrata de substituir Ronaldo e a missão ainda mais ingrata de entrar quando a Espanha estava mais por cima do jogo. Bateu (e marcou) o primeiro penálti de Portugal.
5 Diogo Jota (49 jogos, 14 golos) - Quinze minutos em campo, entre os 105 e os 120. Defendeu um pouco e cabeceou com perigo em cima dos 120.