Hugo Oliveira: «Quando a inspiração chegar vai-nos encontrar a trabalhar»

Treinador do Famalicão satisfeito com a sua equipa. Mesmo quando as coisas não sejam como o desejado, o espírito combativo tem de estar sempre lá. Prevê duelo complicado no reduto do Aves SAD, mas confia na conquista dos três pontos. A importância para os avenses de voltarem a ter José Mota no banco de suplentes

O Famalicão prepara a deslocação à Vila das Aves, onde, no domingo (18 horas) defronta o Aves SAD, numa partida relativa à 4.ª jornada da Liga, e Hugo Oliveira está confiante no regresso às vitórias.

Depois dos triunfos nas duas primeiras rondas - Santa Clara (3-0) e Tondela (1-0) -, os azuis e brancos do Minho escorregaram no passado fim de semana, empatando (0-0) na receção ao Gil Vicente, mas o foco está agora no regresso aos triunfos. Mesmo que pela frente esteja um adversário que promete ser um enorme obstáculo a esse objetivo.

«Esperamos um jogo extremamente difícil, perante uma equipa que tem vindo a ser reconstruída e que, semana após semana, tem estado melhor e mais preparada. É um treinador bastante experiente, que conhece a Liga muito bem e que é matreiro. É uma equipa muito competitiva, mas isso não invalida que nós, tal como sempre fazemos, queiramos ir lá buscar os três pontos para dar uma alegria ao grupo e aos adeptos. O Aves SAD é uma equipa que tem bons jogadores e que sabem levar o jogo para onde querem. Estão mais apetrechados, têm atacado o mercado de uma forma específica para o que sentem que precisam e vão chegar ao jogo com mais soluções. Sabemos de tudo isso, analisámos, mas estamos a olhar mais para o nosso jogo, para o levarmos para onde queremos e sairmos de lá com uma vitória», salientou Hugo Oliveira, na conferência de Imprensa realizada ao início da tarde desta sexta-feira.

O conjunto de Santo Tirso já vai poder contar com a presença de José Mota no banco de suplentes, isto depois de o experiente técnico ter cumprido castigo, e Hugo Oliveira não teve problema em afirmar que esse dado é positivo para os avenses. Ainda que o mais importante, revela, seja o trabalho diário: «Acho que é sempre mais positivo ter o treinador no banco do que na bancada. Está mais próximo, pode retocar um ponto ou outro durante o jogo, ainda que eu acredite mais que o trabalho do treinador é mais diário, na semana de trabalho. Mas é óbvio que os jogadores sentem mais conforto quando o treinador está próximo. Quando existe competência na equipa técnica e total identificação, as ideias são sempre passadas, ainda para mais com as tecnologias de hoje. A presença do José Mota no banco é um ponto positivo para o Aves SAD, mas não é isso que os fará ganhar ou perder.»

O Famalicão parece estar bem e recomenda-se - ainda não perdeu na presente edição do campeonato e também não sofreu qualquer golo -, mas nem sempre as coisas saem tão bem quanto os clubes desejam. Hugo Oliveira tem noção disso, mas deixa a garantia de que quando os resultados não forem os mais desejados haverá sempre entrega máxima do grupo. «Temos demonstrado ser uma equipa contínua. Claro que há dias em que não vamos ser competentes, mas nesses dias nunca podemos deixar de ser coletivos, de viajar juntos. É esse o orgulho que tenho nesta equipa. Mesmo nos dias maus vamos suar a camisola e lutar pelos resultados. Quando a inspiração chegar, vai-nos encontrar a trabalhar», garantiu.

A finalizar, o técnico foi instado a pronunciar-se sobre Antoine Joujou, o extremo que foi ontem apresentado pelos azuis e brancos do Minho: «É um jogador que vai trazer mais uma solução para jogar por fora. Apesar de jovem, tem já alguma experiência. É extremamente vertical e vem acrescentar ao crescimento da equipa. Este clube acredita no talento que chega para ajudar o coletivo. Queremos jogadores que queiram estar cá e servir o Famalicão. Não há interesse de um ou de outro jogador, quem está cá ou quem vier é para servir o clube.»

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