Novo ano traz a depressão Francis: chuva, vento e ondulação fortes no continente e Madeira

2026 vai arrancar com Portugal sob influência da depressão Francis, que vai causar chuva, vento e ondulação fortes no continente, com mais intensidade na Madeira,

«Houve alterações significativas relativamente às previsões anteriores do IPMA que não davam precipitação. A situação de precipitação antecipou consideravelmente relativamente há cerca de dois dias a esta parte, pelo que devido à passagem da depressão Francis, vamos ter precipitação», analisou a meteorologista Maria João Frada à agência Lusa.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê agora que até quarta-feira o tempo vai ser influenciado por um anticiclone localizado a sul da Islândia, originado o transporte de uma massa de ar polar sobre o território do continente.

«A partir de quarta-feira, o enfraquecimento da crista, favorece a aproximação gradual da depressão Francis, à qual estão associadas perturbações frontais que darão origem a precipitação no primeiro dia do ano e vento, por vezes forte e com rajadas no litoral e terras altas», adiantou.

«No dia 2 [sexta-feira], a precipitação vai sentir-se em todo o território do continente, sendo por vezes forte, e vento», disse. Quinta-feira haverá também agitação marítima, com ondas de 2 a 3,5 metros», referiu.

Quanto à Madeira, está previsto um agravamento do estado do tempo a partir da tarde com uma intensificação da chuva, tornando-se por vezes forte em especial nas vertentes sul, terras altas e parte oeste da ilha, para onde está reservado o aviso laranja, estando previsto trovoadas, granizo, vento forte com rajadas da ordem dos 85 quilómetros por hora, sendo de 115 nas terras altas, e agitação marítima com ondas com 3 a 4 metros».

Para o arquipélago dos Açores, «na quarta e quinta-feira, a instabilidade associada à circulação da depressão Francis, deverá provocar aguaceiros em todas as ilhas, especialmente nos grupos central e oriental. Está também previsto vento forte e ondas do quadrante leste de 2 a 4 metros», disse Maria João Frada.