Ricardo Pessoa lançou atleta que brilha na Champions: «São as nossas medalhas»
— Mencionou o Camilo Durán, que, recentemente, foi figura de destaque na vitória do Qarabag na Liga dos Campeões. Como é que se sente um treinador a ver um jogador que projetou a chegar a estes patamares?
— São as nossas medalhas. Nem sempre conseguimos ser campeões em todo lado. Estas, para mim, são as grandes medalhas, os grandes troféus que eu levo. E ver o Camilo chegar onde chegou foi algo que projetei com ele. Ainda há pouco tempo falámos sobre isso. Era um jogador de uma qualidade fora do normal, um pé esquerdo, muito, muito superior àquilo que muitas vezes se vê até na Primeira Liga. Tinha ali alguns problemas, principalmente a nível anímico, mental, em termos de treino. Consegui que ele subisse esses patamares. Tivemos muitas brigas, mas ele aceitou e hoje reconhece que se não tivesse sido isso, muito dificilmente tinha lá chegado. Porque a qualidade ele tinha, só que para chegar lá às vezes acima é preciso muito mais do que a qualidade.
— Apesar de ter cumprido o objetivo, o Ricardo deixou o Portimonense e disse, em entrevista, que merecia mais respeito no momento da saída. Passados uns meses, como é que olha para essa saída?
— Nunca mais pensei mais nisso. Se continuar a olhar para o passado, não vou conseguir dar passos em frente. Quando fecho um ciclo, está fechado, ficou para trás. Ficou na memória, mas a minha cabeça está focada é no presente e no futuro. Aquilo que disse veio cá do coração e não altero.
— Não fecha a porta a um regresso ao Portimonense?
— Nunca se fecha a porta a ninguém, mas neste momento o Portimonense tem treinador. Não gosto de falar de clubes que têm treinador, acho que é uma falta de respeito. Não gostaria que o fizessem comigo, portanto também não o vou fazer.