Ruben Amorim e Rasmus Hojlund
Ruben Amorim e Rasmus Hojlund - Foto: IMAGO

Hojlund explica saída do Manchester United

Avançado diz que o clube «deixou bem claro» que não entrava nos planos para 2025/26

Rasmus Hojlund, avançado que rumou ao Nápoles por empréstimo depois de ter sido preterido por Ruben Amorim no Manchester United, explicou os motivos que estiveram por trás da sua saída de Old Trafford.

«O United deixou bem claro que eu não fazia parte dos planos para esta época. No início da temporada, e sem futebol europeu, penso que o Nápoles viu uma oportunidade para me contratar. Assim que soube do interesse deles, deixei bem claro à minha equipa e às pessoas à minha volta que só queria ir para lá. Tive algumas boas conversas com o treinador e com o diretor desportivo», revelou à Sports Illustrated.

No Nápoles Hojlund reencontrou Scott McTominay, no entanto explicou que as saídas de Old Trafford foram diferentes: «Não estamos exatamente no mesmo ponto das nossas carreiras. Eu ainda tenho muito a aprender, ele é um pouco mais velho e tinha mais a provar ao sair. Faz parte. Sou jovem, preciso de jogar futebol e, por essa razão, também acho que esta foi uma boa mudança para mim.»

Apesar de tudo, olhando para trás, fez balanço positivo. «Houve obviamente muita atenção e muita pressão. Senti que foi difícil para mim não dar esse passo, eu era adepto do United. Acho que estive bem; pode argumentar-se que talvez precisasse de mais um ano ou algo do género, mas senti que era o passo certo para mim. Penso que fiz uma boa primeira época, especialmente — tornei-me o melhor marcador da equipa, tive uma boa campanha na Liga dos Campeões e ganhei um troféu. Fiquei feliz com o meu tempo em Manchester. Continuam a ser todos meus amigos, continuo a acompanhá-los e a desejar-lhes boa sorte sempre que jogam», disse.

Em relação à transferência, falou numa «conversa curta, mas muito boa», com Antonio Conte. «Não foi muito longo. Acho que ambos percebemos rapidamente que era um bom passo para mim e que fazia sentido para ambas as partes. Ele é um treinador incrível, praticamente só o vi fazer coisas boas por onde passou. Obviamente isso foi uma grande parte da decisão. Quando ele liga, só tens de dizer que sim», contou.

Cristiano Ronaldo é o meu maior ídolo. Acha que é o melhor e não liga a nada, só quer melhorar, melhorar e melhorar. Admiro muito isso nele

A admiração por Cristiano Ronaldo também foi tema. «Obviamente, o Cristiano é o meu maior ídolo. Acho que tentei aprender um pouco com ele. Não somos o mesmo tipo de jogador, mas em termos de mentalidade, de fome por golos e em relação a esse tipo de atitude», começou por dizer.

«Acho simplesmente que ele é incrível, para ser sincero. Desde pequeno que eu e os meus amigos olhamos para ele como um exemplo, pela forma como se comporta, pela autoconfiança e pela mentalidade. Ele acha que é o melhor, mesmo que algumas pessoas não pensem isso. Não liga a nada, só quer continuar a melhorar, melhorar, melhorar. Admiro muito isso nele», partilhou.

E falou nos escassos momentos que partilharam: «Só o encontrei uma ou duas vezes, e foi quando jogámos contra eles pela seleção nacional [Dinamarca contra Portugal], quando fiz a celebração dele. Nunca falei realmente com ele, mas gostava muito de fazê-lo um dia.»