Mads Pedersen continua a brilhar com a camisola rosa no Giro 2025

Giro de Itália: Mads Pedersen conquista 'tri' com motivação extra

Dinamarquês chega às três vitórias em etapas nesta edição da grande Volta italiana e reforça a camisola rosa, num dia em que renovou contrato... até ao final da carreira

No dia em que acordou com a sua equipa Lidl-Trek a prorrogação do contrato até ao final da carreira, Mads Pedersen não poderia ter correspondido melhor à confiança do empregador do que com a vitória, a terceira, nesta edição da Volta a Itália, e o consequente reforço da camisola rosa.

O triunfo com que concretizou o hat trick neste Giro foi o mais difícil do corredor dinamarquês, que teve de dar o máximo para resistir no pelotão, já bastante selecionado, na fase final da etapa, quando o relevo se tornou acidentado. Pedersen aguentou-se entre os melhores, mas teve pouco tempo para recuperar o fôlego, posicionar-se para o sprint e neste ser o mais rápido.  

O nórdico bateu o italiano Edoardo Zambanini (Bahrain Victorious) e o britânico Tom Pidcock (Q36.5), que lhe disputaram a vitória até ao risco de meta, mas quedaram-se pelas posições seguintes. 

«Muito, muito dura, esta vitória!», declarou, ainda ofegante, Mads Pedersen, no final da etapa». «Os últimos 20 quilómetros, efetivamente, muito difíceis para mim... Tive de sofrer para manter-me no primeiro pelotão», explicou o corredor, de 29 anos. 

«Na última subida, então, fui muitas vezes ao limite e cheguei a estar na cauda do grupo, quase a descolar. Felizmente, consegui permanecer. Depois, gastei mais energia a recuperar para as posições da dianteira a tempo de lutar pela vitória. E o sprint... esse foi ainda mais duro», contou Pedersen, que conquistou o quarto triunfo em duas participações na Volta a Itália, o primeiro, em 2023, em etapa que terminou em Nápoles, onde se concluirá na quinta feira, a próxima (6.ª) da presente edição. 

«Sim, claro que me recordo da vitória Nápoles, tão saborosa. Só posso dizer que tentarei outra vez, sempre com o apoio incansável da nossa equipa», disse Pedersen sobre jornada que se segue, que apesar do perfil desnivelado nos primeiros dois terços do longo percurso de 228 quilómetros, apresenta um final praticamente plano, que lhe deverá proporcionar a preservação da camisola rosa por mais uma etapa. Na sexta-feira chegará a montanha, que terminará o reinado do dinamarquês, abrindo, enfim, as hostilidades entre os candidatos à geral.                     

Devido à bonificação de dez segundos pela vitória, Mads Pedersen aumentou a liderança para 17 segundos sobre o esloveno Primoz Roglic (Red Bull), que concluiu a jornada integrado no primeiro pelotão, com 59 unidades. Igualmente com o mesmo tempo do vencedor, o companheiro de equipa checo de Pedersen, Mathias Vacek, manteve a terceira posição, agora a 24 segundos.  

Entre os principais candidatos aos lugares cimeiros da geral no final deste Giro não houve alterações, apenas se registando a subida de Pidcock à 14.ª posição (+57 s) devido aos quatro segundos de bónus pelo terceiro lugar na etapa. 

Afonso Eulálio (Bahrain), o único português na competição, classificou-se na 127.ª posição na etapa, a 8.52 minutos de Mads Pedersen e ocupa o lugar 124 da geral, a 30.57 minutos do dinamarquês.