Gilistas e arouquenses levam um ponto cada e mantêm as posições na tabela. (FOTO: Manuel Fernando Araújo/LUSA)

Galos esbarraram nos postes e ficaram com apenas um ponto

Equipa da casa desperdiçou várias oportunidades, enquanto os arouquenses apenas apareceram para a segunda parte; Santi García fez um golaço, em resposta ao tento de Puche que inaugurou o marcador

Empate a uma bola, em Barcelos, num encontro que foi bem melhor na segunda parte, que teve duas bolas no poste por parte da equipa da casa e um golaço de Santi Garcia. Embate entre duas equipas tranquilas que resultou num ponto para cada lado e na manutenção dos lugares na classificação.

Logo aos 3 minutos, os gilistas pressionaram alto e colheram os frutos, com a bola a sobrar para Santi García que bem enquadrado rematou forte e rasteiro, mas a bola embateu no poste da baliza à guarda de João Valido. A partir daí, o jogo ficou desinteressante, com a equipa da casa a dominar as operações, mas sem criar reais ocasiões de perigo.

Só por volta da meia-hora houve novo motivo para reação das bancadas, com a primeira aproximação do Arouca à baliza oponente. Brian Islas trabalhou bem no flanco esquerdo, puxou para dentro, rematou em arco e Andrew fez uma bela defesa para evitar o golo forasteiro. Pouco depois, o guardião arouquense também brilhou. Bamba acompanhou bem o ataque, ultrapassou o defesa contrário, mas depois faltou-lhe arte e engenho para bater Valido e inaugurar o marcador.

Já perto do intervalo foi, novamente, o Gil Vicente a ficar perto de marcar, por Félix Correia. A pressão voltou a funcionar e Zé Carlos serviu o extremo que rematou de primeira, mas o guarda-redes adversário acabou por defender, sendo que num primeiro momento ainda deixou escapar a bola por debaixo do corpo.

O Arouca entrou mais espevitado na segunda parte e Alex Pinto dispôs de uma boa oportunidade, mas Andrew voltou a demonstrar segurança, defendendo o remate de primeira sem problemas. Aos 56 minutos, os visitantes colocaram-se em vantagem com um golo de Puche. Uma boa saída para o ataque dos arouquenses, com o extremo a encher-se de confiança, rematando de pé esquerdo e a colocar a bola no fundo das redes gilistas.

Mas, a resposta não demorou, com o Gil Vicente a fazer o golo do empate apenas dois minutos depois, com uma bela execução de Santi Garcia. O médio espanhol rematou de primeira, sem deixar cair a bola, e fez um golaço para a igualdade a uma bola. Pelos 70 minutos, a reviravolta dos homens da casa esbarrou no poste, após finalização de Félix Correia.

Até final, apesar de ter controlado a bola, o Gil Vicente não conseguiu a reviravolta, podendo-se queixar da falta de eficácia, com duas bolas nos ferros, para ter levado somente um ponto deste encontro.

Melhor em campo: Santi Garcia (nota 7)
Bela exibição do médio espanhol, de 23 anos, que enviou uma bola poste e fez um golaço, com uma execução técnica apenas ao nível de jogadores bem dotados tecnicamente, sendo que demonstra sempre que toca na bola. Muito bem a ocupar os espaços e a solicitar os seus companheiros com passes certeiros. Um jogo que encheu as medidas, abrilhantado com o belo tento.

As notas dos jogadores do Gil Vicente: Andrew (6), Zé Carlos (6), Marvin Elimbi (5), Jonathan Buatu (5), Jonathan Mutombo (5), Facundo Cáseres (6),  Mohamed Bamba (6), Félix Correia (6), Santi Garcia (7), João Marques (6), Pablo Felipe (6), Sergio Bermejo (-), João Teixeira (-) e Jorge Aguirre (-).

A figura: Puche (nota 6)
O extremo espanhol, de 24 anos, conseguiu ser o elemento mais esclarecido dos arouquenses, especialmente, na segunda parte, tendo inaugurado o marcador com um bom remate de pé esquerdo. Uma exibição satisfatória, mas sem grande fulgor, tal como o resto da equipa, mas valeu pelo golo e por um ou outro pormenor em que deixou os seus opositores para trás.

As notas dos jogadores do Arouca: João Valido (6), Alex Pinto (6), Chico Lamba (5), Boris Popovic (5), Weverson (5), Morlaye Sylla (5), Pedro Santos (6), Puche (6), Jason (5), Brian Mansilla (5), Henrique Araújo (5), Nandín (5), Guven Yalçin (5), Amadou Dante (-) e Mamadou Loum (-).

Vasco Seabra

Espero sempre mais dos meus jogadores, mas estou satisfeito com o compromisso. Eram demais as condicionantes e tivemos de fazer algumas adaptações e isso retira rotinas à equipa. Na primeira parte tivemos dificuldades em ligar e em chegar à frente. Na segunda parte entrámos muito bem e até aos 70 melhores estivemos melhores. Muito orgulhoso dos jogadores.

César Peixoto

É natural, desde que chegámos que a equipa estava em lugares mais abaixo e a confiança não era a mesma. Este é o tipo de jogo que eu quero, estivemos muito bem sem bola, também. Muito agressivos, solidários, todos envolvidos e a divertirem-se com a bola. É este o Gil Vicente que nós queremos. Notou-se a ideia de jogo e deixou-me orgulhoso.