Minhotos festejaram com os adeptos que acompanharam a equipa nesta deslocação à Escócia
Minhotos festejaram com os adeptos que acompanharam a equipa nesta deslocação à Escócia

Gabri fez de Horta e honrou o legado do eterno capitão (as notas do SC Braga)

Extremo espanhol assumiu o papel principal e apontou o golo que o avançado português tanto procurou. Hornicek respondeu à altura sempre que a equipa dele mais precisou. Músculo de João Moutinho e Gorby
O melhor em campo: Gabri Martínez (7)
Não fez uma exibição de encher o olho (muito longe disso), mas quando apareceu verdadeiramente foi... decisivo. Jogando na ala esquerda e tendo a dupla função de proteger a retaguarda e de dar profundidade ao corredor, o espanhol esteve sempre mais concentrado nas tarefas defensivas do que nas incursões pelo flanco. Os escoceses, já se sabe, utilizam muito o estilo de jogo bombeado, com cruzamentos a partir das faixas, pelo que Gabri Martínez teve de estar bastante atento a essa especificidade dos britânicos. Do outro lado, quando pisou o último terço, deu um ar da sua graça. Convidou Ricardo Horta ao sucesso (15') e obrigou Emmanuel Fernandez a um corte milagroso (31'). O melhor estava para vir e... veio: agradeceu a gentileza de Djiga e atirou a contar para o empate.

(7) Lukas Hornicek - Depois de ser um mero espectador numa fase inicial, acabou por ter de reagir ao frio quando os escoceses visaram a sua baliza. Batido de forma implacável por Tavernier, da marca dos 11 metros, respondeu à altura em todos os outros momentos, com destaque para as intervenções que realizou na sequência de remates de Danilo Pereira (34') e Gassama (36' e 56').

(5) Bright Arrey-Mbi - Começou à direita do trio de centrais e não pareceu muito confortável nessa zona de terreno. Perdeu e ganhou lances, mas também foi importante nos duelos aéreos.

(6) Lagerbielke - Está feito um autêntico patrão na linha defensiva dos guerreiros do Minho. Jogue quem jogar ao seu lado, pode sempre contar com a voz de comando do internacional sueco. Além da presença imponente no eixo da retaguarda, também tentou deixar o seu nome gravado na história dos marcadores, mas o cabeceamento, após cruzamento de Ricardo Horta, saiu ligeiramente ao lado do poste (31'). E que grande corte, aos 56 minutos.

(5) Niakaté - Sentiu algumas dificuldades com as movimentações de Gassama, mas conseguiu sempre reabilitar-se mesmo quando não saía por cima numa fase inicial das disputas.

(6) Víctor Gómez - O espanhol voltou a evidenciar a garra que o caracteriza e nunca se rendeu às investidas que os escoceses faziam pelo seu flanco. A crença atingiu patamares de maior notoriedade no ataque, uma vez que foi do seu pé direito que saiu o cruzamento para o golo do empate, apontado pelo compatriota Gabri Martínez (69').

(6) Gorby - Não é daqueles jogadores altamente vistosos, que se destacam frequentemente por passes magistrais ou golos de antologia, mas é de uma enorme importância nas dinâmicas coletivas. Sabe bem os terrenos que pisa no miolo e equilibra a equipa sempre que as brechas ameaçam abrir-se em zona tão nevrálgica. E parece que nunca se cansa: tem músculo para dar e vender.

(6) João Moutinho - Bastante mais refinado do que o companheiro de setor, não deixa, ainda assim, de ter também um pulmão inesgotável. Foi importante na forma como travou o jogo interior do adversário, assim como também teve a preponderância habitual a determinar os ritmos de jogo dos bracarenses.

(3) Rodrigo Zalazar - Noite para esquecer. Desinspirado no último terço ofensivo e sem conseguir ter a influência que é a sua imagem de marca, o internacional uruguaio foi expulso à hora de jogo na sequência de um ato irrefletido. Que sirva de exemplo.

(4) Fran Navarro - Sem ocasiões para marcar, destacou-se na área contrária e pela negativa. O braço na bola era escusado e do penálti surgiu a vantagem britânica. Saiu ao intervalo.

(7) Ricardo Horta - Entrou a todo o gás e ao quarto de hora já podia ter dois golos na conta pessoal. Porém, Jack Butland foi gigante e travou os intentos do capitão bracarense. O camisola 21 não se vergou e esteve sempre muito ativo na procura do último terço. Mesmo quando não marca, tem uma atitude que contagia a equipa.

(5) El Ouazzani - Batalhou muito entre os centrais contrários, mas não colheu resultados.

(6) Florian Grillitsch - Com a equipa reduzida a 10 elementos era necessária mais alguma maturidade para o equilíbrio coletivo e o internacional austríaco soube levar essa calma ao miolo. Ajudou a fechar os caminhos da baliza de Lukas Hornicek e também permitiu aos da frente subirem linhas no último terço.

(5) Vítor Carvalho - Dadas as condicionantes, o empate era um resultado bem positivo e o brasileiro foi mais um a ajudar a cerrar fileiras junto à grande área.

(-) Gabriel Moscardo - O jovem médio foi lançado em tempo de compensação e o objetivo era... quebrar o ritmo de jogo.

As notas dos jogadores do Rangers: