Declarações do treinador do Benfica em conferência de imprensa

Félix, a justiça da vitória, Rui Borges e Ivanovic: tudo o que disse Lage

A conferência de imprensa do treinador do Benfica depois da conquista da Supertaça

Leia na íntegra a conferência de imprensa após a conquista da Supertaça frente ao Sporting, esta quinta-feira.

Que fatores foram determinantes para o Benfica conquistar este troféu?

«Determinante a vontade dos jogadores em se prepararem em 15 dias para jogar este jogo. Foi este o segredo. E o apoio fantástico dos adeptos.»

Depois de perder dois títulos, saiu-lhe um peso de cima?

«Queríamos vencer o primeiro troféu da época, isso é que era o mais importante. Agora, o foco é na próxima eliminatória da Liga dos Campeões, muito importante, queremos muito, os jogadores querem muito e merecem jogar a Liga dos Campeões. É o nosso foco.»

Pode explicar o que se passou com João Félix, ficou magoado por ele ter escolhido o Al-Nassr?

«Tive muito empenhado, quer eu, quer o presidente, o diretor-desportivo, e foi o que disse depois do jogo com o Bayern [Mundial de Clubes]; que iriamos trabalhar com calma para trazer os jogadores que sinto que esta equipa merece para crescermos. E estive empenhada em todos. No Enzo, no Ríos, no Ivanovic, que chegou, ainda não treinou e já tirou fotografias com os colegas, no Obrador... estamos empenhados em todos e em construir o que entendemos ser um plantel forte. De resto... não há ninguém que conheça melhor o jogador do que eu [João Félix], não veio, se querem que fale de algum João, falo do Rego e do Veloso; se querem que fale de algum Félix, tenho é de falar do Nuno, que teve uma lesão grave e gostaria que estivesse aqui.»

No contexto atual das eleições e críticas da época passada, que importância tem esta vitória e conquista para a sua continuidade. Rui Borges disse que o Benfica foi feliz, concorda?

«Não, penso que fomos justos vencedores. Fomos melhores, vencedores e para nós é o que conta. A crítica, olhando para esta cadeira, e para os últimos quatro, cinco, seis treinadores, e neles estou duas vezes, temos de estar sujeitos sempre a crítica. É um enorme clube e o mais importante é o futuro. Vencemos o jogo, tivemos 15 dias de trabalho, e olhando para o que a equipa jogou, durou 90 minutos, dá-me bons indicadores. Mas não há tempo para respirar. Eles merecem e mereciam ter dois dias de folga, mas vão ter apenas um. Não temos tempo a perder e o tempo neste momento é o nosso maior adversário, temos de voltar rapidamente ao trabalho, porque vem aí uma pré-eliminatória muito importante para nós, com um adversário difícil. O clube merece, estes jogadores trabalham muito e eu quero voltar a jogar a Liga dos Campeões com o Benfica

O mercado está aberto, sente que ainda é preciso ir ao mercado? Ivanovic, onde encaixava na equipa de hoje?

«No banco. Ou na bancada, onde esteve. Não posso responder à pergunta mercado, respondo quando ele terminar. Mas repito: o nosso mercado tem de levar em consideração as lesões que tivemos, quer do Bah, quer do Manu; a saída de alguns jogadores em final de contrato, outros por empréstimo, e aquilo que é o reforço da equipa. E recordo também o trabalho desses jogadores, também queria partilhar este troféu com o André Gomes, o Adrián [Bajrami], Álvaro Carreras, Kokçu, Renato [Sanches], Zeki [Amdouni], Arthur [Cabral], com o Di María, com Belotti, com o Lourenço Coelho [ex-diretor-geral] e Ricardo Lemos [ex-assessor de imprensa].»