FC Porto arrasa árbitro da equipa B: «Vítor Ferreira deu a volta ao resultado»
O FC Porto considera que foi o árbitro do jogo com o Torreense, disputado na manhã deste domingo, que «deu a volta ao resultado».
Os dragões estiveram a vencer por 2-0, mas acabaram derrotados no Olival. «O grande trunfo não veio de Torres Vedras - veio de Barcelos», refere o texto publicado no site do FC Porto, referindo-se ao árbitro, Vítor Ferreira.
«Continua a demonstrar por que razão foi o último classificado do ranking há duas épocas e por que motivos a despromoção à segunda categoria ainda é insuficiente dada a falta de competência para apitar qualquer encontro de uma liga profissional. Este domingo de manhã, no Olival, o juiz da AF Braga assinalou dois penáltis insólitos a favor do Torreense, sonegou outro ao FC Porto B e transformou uma vantagem de 2-0 num desaire por 2-3», desenvolvem os dragões.
A crónica critica a «passividade de Vítor Ferreira» no lance do 2-0, uma vez que foi o VAR «obrigado a intervir para assinalar o castigo máximo» convertido por Kauê Rodrigues. Os dragões dizem que o penálti que permitiu ao Torreense reduzir a desvantagem resulta de um «lance inócuo entre Gabriel Brás e André Simões», e defendem ainda que o árbitro «descobriu uma infração de Diogo Fernandes sobre Seydi e ofereceu mais um penálti ao Torreense».
«Já dentro do tempo de compensação, um defesa forasteiro cortou a bola com o braço dentro da área e o árbitro tornou a mandar seguir. Novamente chamado pelo VAR, Vítor Ferreira optou por ignorar as imagens que lhe foram mostradas e recusou assinalar a devida grande penalidade. Resta agora aguardar pela nota que o Conselho de Arbitragem dará a esta inqualificável exibição de Vítor Ferreira», conclui o texto.
João Brandão aponta a «falta de critério»
Quem também se mostrou visivelmente agastado com a arbitragem de Vítor Ferreira foi João Brandão, treinador do FC Porto B. «Hoje é um dia difícil para falarmos do jogo sem falarmos das incidências do mesmo. Já não é a primeira vez que estamos em cima e depois o critério do árbitro é desigual e isso teve impacto no jogo. Mérito para nós na primeira parte. Fizemos uma primeira parte muito competente com critério no posicionamento do bloco, soubemos interpretar muito bem as zonas de pressão e faltou-nos isso na segunda parte. O Torreense mexeu e lançou a equipa para a nossa baliza, tínhamos de ter mais cuidado na forma como protegemos a profundidade nas costas dos laterais. A equipa reage, tenta e volta a ter a intervenção de um elemento que não deveria ser o protagonista», disparou o técnico, na zona de entrevistas rápidas.
«Já em Paços de Ferreira entrámos muito bem e depois tivemos novamente a intervenção do VAR durante muito tempo, o que quebra o jogo. Sabemos que isso tem uma influência muito grande nas características do jogo da Liga 2. Foi uma primeira parte bem conseguida, assim como a reação ao terceiro golo foi muito positiva e procurámos lançar a equipa na direção da baliza adversária. Era nossa responsabilidade proteger determinados passes que o adversário procurou, uma reposição com a bola a andar tem de ser interrompida, um contacto natural dentro de área não é falta, como não é falta um minuto depois fora de área. São esses critérios que tornaram o jogo muito confuso com muitas incidências. Os jogadores estão desiludidos e tristes, mas cabe-nos mostrar-lhes o que de bom fizeram e seguir caminho com muita resiliência», rematou Brandão.
Ao cabo de sete jornadas, a equipa B dos dragões ocupa o último lugar da tabela classificativa, com apenas dois pontos somados, fruto de dois empates.