Euro 2025 Feminino: «Já tive golos importantes, mas este ponho no topo»
De sorrido rasgado, um brilho nos olhos e orgulho no discurso. Assim surgiu Diana Gomes perante os jornalistas, na manhã desta terça-feira, antes do treino de recuperação após o jogo de ontem, com Itália, em que a central marcou o golo do empate (1-1), resultado que mantém as Navegadoras na corrida pelo sonho: passar pela primeira vez da fase de grupos no Europeu.
«O foco agora é o próximo jogo [Bélgica]. É ganhar e fazer contas no final, mas ainda estamos vivos e é essa a mensagem que temos. Em relação sistema tático, temos de corresponder como fizemos ontem, é normal que estejamos mais habituadas ao 4x4x2 losango, mas seja que tática for temos de fazer o que fizemos ontem, representar Portugal», realçou.
Questionada sobre o sentimento ter sido a autora do golo que mantém Portugal ainda com possibilidades de seguir em frente, Diana Gomes foi clara: «Senti como se fosse outra companheira a marcar, toda a gente vibrou da mesma forma, isso é importante, independentemente de quem marca, estamos lá todas a vibrar da mesma maneira, queremos todas o mesmo. Ao ser a que marcou o golo recebi muitas mensagens a dar os parabéns, mas o mérito é de toda a equipa e temos de ir com este espírito para o próximo jogo.»
Há cinco jogos que Portugal não conseguia marcar um golo. A central lusa acredita que era o clique que faltava para dar outra motivação à equipa: «Sabemos que ao marcar dar-nos outra confiança e podemos acreditar ainda mais. Toda a gente sentiu o golo da mesma maneira e vamos fazer o mesmo que fizemos ontem. É uma sensação única, nem sabia o que havia de fazer quando vi a bola a entrar, é algo único. Celebrámos toda como se fosse cada uma a marcar. Confesso que com a energia e adrenalina custou a dormir, mas temos de descansar.»
Diana Gomes não tem dúvidas quanto à hierarquia de importância do golo que apontou frente à Itália: «No topo. Já tive golos importantes, mas este ponho no topo.»
E, de seguida, descreveu o lance: «A minha intenção era chutar à baliza, o momento de ver a bola a vir para mim e o momento do jogo, só pensei 'é chutar à baliza'. E o ângulo que tinha, só tive tempo de perfilar e chutar. Se levantou ou se queria mandar mais tenso, a minha intenção foi chutar e entrou.»
De calculadora na mão, Diana Gomes enfrenta o jogo com a Bélgica com otimismo: «O nosso foco é ganhar, depois fazemos contas.»
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