Douglas Luiz foi o patrão do meio-campo do Nottingham Forest - Foto: Catarina Morais/KAPTA+
Douglas Luiz foi o patrão do meio-campo do Nottingham Forest - Foto: Catarina Morais/KAPTA+

Era este Douglas Luiz que a Juventus queria ter comprado (as notas do Nottingham Forest)

Médio brasileiro não brilhou em Turim, mas foi decisivo para a vitória dos 'Tricky Trees' frente ao FC Porto
Melhor em campo: Douglas Luiz (7)
Podia ter sido ele ou Elliot Anderson, mas foi no capítulo defensivo que o Nottingham Forest mais se destacou. E muito se deveu a Douglas Luiz, que foi o principal recuperador do meio-campo inglês. Ganhou a bola uma série de vezes no miolo, desceu à área para cortar e cobriu uma grande quantidade de terreno. Além de tudo isto, ainda acertou 52 dos 55 passes que fez, uma percentagem de 95%. Saiu aos 85', esgotado e sob muitos (e merecidos) aplausos.

O Nottingham Forest apresentou-se num 4x2x3x1 e, na baliza, Matz Sels pouco ou nada teve para fazer. Mas quando foi chamado a intervir, a remate de Alan Varela aos 38', voou para fazer uma parada sensacional. Concentrado e ágil.

Neco Williams teve mais impacto à direita do que à esquerda, mais que Zinchenko, que saiu lesionado ao intervalo e pouca influência teve na manobra ofensiva. Os dois centrais, Milenkovic e Murillo, fizeram exibição positiva, sólida no jogo aéreo e com bom controlo dos movimentos de Samu, sobretudo o sérvio, mais presente em campo que o brasileiro. Savona, que entrou pela saída do lateral-esquerdo mas jogou a lateral-direito, não se destacou muito... até ao minuto 73, quando, em lance com Martim Fernandes, ganhou o penálti que resultou no 2-0.

Foi no meio-campo que mais brilho houve. O duplo-pivô composto por Elliot Anderson e Douglas Luiz cobriu todo o miolo. Com bola soube aguentar e, sobretudo o primeiro, foi exímio no início dos ataques ingleses — fica na retina o passe por alto com que lançou Hudson-Odoi aos 68'. Sem bola foi importante a estancar as tentativas de jogo interior do FC Porto e, aí, destacou-se o médio brasileiro. Gibbs-White, mais à frente mostrou-se digno de usar a braçadeira. Deu o exemplo na pressão, aproximou-se ora da direita, ora da esquerda, sempre a dar opções e, no momento de cobrar a grande penalidade, não vacilou. Podia ter bisado, agarrou a bola para bater o segundo penálti mas, após deixar a poeira assentar, deu a bola ao seu avançado, em mais um ato de altruísmo de capitão.

Na direita, Dan Ndoye foi feliz frente a Francisco Moura, mas foi Hudson-Odoi que mais tentou visar a baliza de Diogo Costa, com maior objetividade quando, a partir da esquerda, recebia a bola. Igor Jesus pouco apareceu mas, chamado a marcar a segunda grande penalidade, não vacilou.

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