Bednarek cometeu um penálti - FOTO: Catarina Morais/Kapta+
Bednarek cometeu um penálti - FOTO: Catarina Morais/Kapta+

Dragão colocou-se na mira e foi abatido à lei do penálti (crónica)

FC Porto soma primeira derrota na época, numa exibição insípida, sem intensidade e chama. Escolha de Pablo Rosario para o onze retirou clarividência à equipa. Maldição em Inglaterra perdura no tempo...

NOTTINGHAM — A maldição do FC Porto em Inglaterra persiste — continua sem ganhar para as competições europeias. O dragão somou mais um desaire na pátria do futebol (o primeiro da época em curso), ao ser abatido na floresta por um Nottingham que deu finalmente uma prova de vida com o novo treinador, ao conquistar um triunfo ao cabo de 12 encontros consecutivos sem vencer.

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Francesco Farioli surpreendeu no onze, ao injetar mais tração ao meio-campo com a entrada de Pablo Rosario em detrimento de Gabri Veiga. O treinador quis equilibrar as forças na zona intermédia face à mudança de paradigma do Nottingham Forest em relação aos últimos encontros. Froholdt, apesar de ter preocupações defensivas, ficou com total liberdade para pisar terrenos mais adiantados. Mas faltava intensidade e ligação entre os setores da equipa, um elemento com capacidade de passe, capaz de esticar o jogo. Foi um dragão sem a velocidade e vertigem que são a sua imagem de marca desta temporada e também com Pepê e Borja Sainz pouco em jogo e Samu preso na teia dos centrais contrários e sem capacidade de fazer um futebol mais associativo.

O Nottingham Forest acabaria por chegar ao golo depois de o árbitro entender que Badnarek deu mão ao cabecear uma bola. Gibbs-White não perdoou da marca dos 11 metros, enganando Diogo Costa.

O FC Porto foi muito pouco audaz ao reagir à desvantagem no marcador e o intervalo esperado com alguma urgência. O treinador do FC Porto, insatisfeito, com o que via dentro das quatro linhas, não perdeu muito tempo para mexer e com três substituições de uma assentada, isto já depois de os dragões verem um golo de Bednarek ser anulado pelo VAR por fora de jogo de Samu.

A intenção foi claramente dar mais velocidade e alguma clarividência ao jogo da equipa, com Gabri Veiga a passar a pautar a orquestra no meio-campo. Era necessário corrrigir alguns posicionamentos em campo, rever a postura da equipa, mormente em ações ofensivas, onde faltava claramente chama ao dragão. Espevitou-se a equipa azul e branca, procurando de forma incessante chegar pelo menos ao empate. Com naturalidade, o FC Porto expôs-se ao perigo, ao esticar o seu jogo, destapando-se na retaguarda, com o Nottingham Forest a tentar tirar partido de rápidas transições.

Martim Fernandes 'matou' o jogo

Galvanizado pelo seu indefetível público no City Ground, os Tricky Trees não baixaram o ímpeto ofensivo e continuaram a ganhar praticamente todas as segundas bolas, com o FC Porto mais reativo do que reativo. E Martim Fernandes acabaria por aniquilar, de forma desastrosa, qualquer hipótese de reação dos azuis e brancos na partida, ao cometer um penálti ridículo, deixando assim o FC Porto à beira do precipício.

Na realidade, o dragão colocou-se na mira do inimigo e acabou abatido de forma esperada. Foi a primeira derrota na era Francesco Farioli, num jogo em que o FC Porto foi uma autêntica sombra do que tem evidenciado em 2024/2025. Falta saber que consequências terá este resultado...