Empresa de criptomoedas avança com proposta para comprar Juventus

A Tether, uma das maiores empresas de criptomoedas do mundo, avançou com uma proposta formal para adquirir uma participação maioritária na Juventus, atualmente detida pela Exor, da família Agnelli. A informação foi confirmada pela própria Tether, que já possui 11,5% das ações do clube.

No comunicado oficial, o CEO da Tether, Paolo Ardoino, sublinhou a dimensão do compromisso financeiro preparado pela empresa: «Estamos preparados para investir mil milhões de euros no apoio e desenvolvimento do clube.»

Assumido adepto bianconero, Ardoino destacou ainda o impacto emocional da proposta: «Cresci com esta equipa. Em criança, aprendi o significado de compromisso, resiliência e responsabilidade ao ver a Juventus enfrentar o sucesso e a adversidade com dignidade.»

A influência da Tether na estrutura da Juventus tem vindo a crescer. Em novembro, durante a assembleia geral do clube, Paolo Garino, nomeado pela empresa, foi integrado no conselho de administração. A Tether gere atualmente a maior stablecoin - criptomoedas projetadas para ter valor estável - do mundo, com cerca de €170 mil milhões em circulação.

Apesar da proposta ambiciosa, fontes próximas da Exor — citadas pelo The Athletic — garantem que a família Agnelli não tem intenção de vender a Juventus, nem à Tether, nem a qualquer outro interessado. Segundo essas fontes, o clube não está no mercado, reforçando a continuidade de uma ligação que dura há mais de um século e que faz dos Agnelli os proprietários com mais longevidade no futebol mundial.

Ao longo de várias gerações, a família desempenhou um papel fundamental no sucesso da Juventus, que é clube mais titulado de Itália, com 36 campeonatos, bem acima dos 20 títulos conquistados pelo rival mais próximo, o Inter.