Eliza Turner, a primeira norte-americana do FC Porto que admira Deco e Froholdt
Dos Estados Unidos para Portugal, Eliza Turner chegou apenas há dias à cidade Invicta, mas já se sente em casa. Diretamente da Universidade de Georgetown, onde se licenciou em em Finanças e Marketing, a média de 23 anos fez um balanço dos primeiros tempos numa nova realidade, traçou os objetivos para 2025/26 e elegeu as principais referências, destacando o «entusiasmo» que sente por representar o FC Porto e por ser a primeira norte-americana do futebol feminino dos dragões, em declarações exclusivas a A BOLA.
— Qual é a sua avaliação destes primeiros dias em Portugal e no FC Porto?
— Estou a divertir-me imenso. É incrível fazer parte deste clube. Estou a começar a adaptar-me ao ambiente de treino e à vida aqui no Porto. Adoro a cidade e, em cada sessão de treino, aprendo muito.
— Como tem sido a adaptação a esta nova realidade?
— Tem corrido bem. Ao início, demorei alguns dias a ajustar-me à diferença horária e à forma como tudo funciona aqui, mas, agora que já me instalei, está a correr muito bem. Toda a gente no FC Porto tem sido muito simpática e prestável, o que tornou a transição mais fácil.
— O que a levou a assinar pelo FC Porto e a dar o salto para o futebol europeu, deixando o seu país?
— Sempre admirei o futebol europeu e o estilo de jogo aqui. Queria desafiar-me, tanto a nível pessoal como como jogadora, e esta foi a oportunidade perfeita. A possibilidade de estar num clube como o FC Porto tornou a decisão ainda mais simples.
— O que pode trazer à equipa dentro e fora de campo?
— Dentro de campo, trago calma, trabalho árduo e vontade de contribuir em posse e defensivamente. Fora de campo, espero trazer um forte espírito de equipa.
— Como se descreve como jogadora?
— Sou uma jogadora calma, que gosta de manter a posse de bola e procurar soluções para progredir, seja através do drible ou do passe. Gosto de combinar com as minhas colegas de equipa.
— Quais são os seus objetivos para esta época, coletivamente e individualmente?
— Coletivamente, o nosso objetivo é subir à primeira divisão e criar uma forte química para podermos jogar um bom futebol em conjunto. Individualmente, quero crescer como jogadora e como pessoa. Espero aprender o máximo possível com as minhas colegas e treinadores para me elevar a um nível superior.
— Como é ser a primeira jogadora americana na história do futebol feminino do FC Porto?
— É incrivelmente entusiasmante. O FC Porto é um clube fantástico e fazer parte da sua história é verdadeiramente especial. Estou muito grata pela oportunidade e motivada para representar o clube da melhor forma possível.
— Quais são as suas referências no futebol?
— Tenho alguns. Na seleção dos Estados Unidos, admiro muito a Rose Lavelle. Também admiro o Rodri pela forma como controla o jogo a partir do meio-campo. E, claro, o Cristiano Ronaldo, que é uma lenda aqui em Portugal e em todo o Mundo.
— Já ouviu falar do jogo de apresentação do ano passado?
— Sim, já ouvi falar bastante. Foi um momento histórico para o futebol feminino e ver isso acontecer neste estádio foi incrível.
— Como espera que seja esse dia, jogar num estádio tão grande e de um clube com tanta história?
— Sinceramente, nem consigo imaginar o que vou sentir. Jogar diante de tantos adeptos, a representar um clube tão grande como o FC Porto, é um sonho tornado realidade. Mal posso esperar.
— O que espera dos adeptos do FC Porto?
— Já ouvi muito sobre a paixão e lealdade deles. Estou ansiosa por sentir essa energia das bancadas.
— Quanto às diferenças entre o futebol nos EUA e na Europa, que qualidades pode acrescentar?
— Espero acrescentar intensidade física e tranquilidade ao jogo. Uma das maiores diferenças que notei entre o futebol feminino nos EUA e na Europa é precisamente o aspeto físico, por isso espero poder contribuir com força e intensidade.
— Acha que o sucesso da equipa deve-se ao talento das jogadoras, à forma de jogar ou a uma combinação dos dois fatores?
— Acho que é claramente uma combinação. A equipa é muito talentosa, mas a forma como treinamos e abordamos a parte tática faz uma grande diferença. Os treinadores fazem um excelente trabalho a explicar e reforçar os conceitos táticos nos treinos e, quando juntamos isso ao talento das jogadoras, percebe-se bem porque é que a equipa tem tido sucesso.