Selecionador nacional comentou a expulsão do capitão frente à Irlanda

É o dia D para Portugal: as contas que a Seleção espera não ter que fazer

Equipas das Quinas nunca perdeu frente à Arménia e, como anfitrião, triunfou sempre. Ainda assim, A BOLA recorda que contas fazer caso a Seleção não vença hoje

A Seleção Nacional vai entrar hoje em campo, a uma hora pouco habitual (14h00), com a certeza de que uma vitória sobre a Arménia é sinónimo de uma vaga no próximo Mundial. Essa é a forma mais simples de evitar outro tipo de contas, aquelas que nenhum português quer fazer, e de viver um mês de março — a próxima pausa internacional — mais descansado, já de olho na preparação para a competição que arranca a 11 de junho de 2026.

Ora, olhando para o histórico dos embates entre Portugal e a Arménia, a equipa das Quinas vai subir ao relvado do Dragão como incontestável favorita, enquanto os visitantes procuram fazer história. Isto porque nunca conseguiram vencer Portugal. Nos sete confrontos anteriores, todos de caráter oficial, o combinado nacional triunfou em cinco, três dos quais em solo nacional.

Aliás, o registo caseiro da Seleção frente aos arménios é cem por cento vitorioso: 3-1 no Estádio do Bonfim, em 1997, 1-0 em Leiria (2007) e novo triunfo pela margem mínima sete anos depois, no Algarve, com um golo de... Cristiano Ronaldo. Curiosamente, e face à ausência do capitão, na sequência da expulsão em Dublin, nenhum dos jogadores que esteve nesse encontro marcará presença no de mais logo. A história diz-nos, portanto, que Portugal será capaz de bater novamente a Arménia, podendo começar a pensar nas viagens para as Américas.

O futebol, porém, é incerto e pródigo em surpresas, pelo que vale mais estar preparado do que ser apanhado desprevenido. Por isso, A BOLA recorda ao leitor o exercício de matemática que os portugueses terão de fazer caso a Arménia faça o que nunca conseguiu neste cantinho à beira-mar plantado.

Vamos, então, a contas. O empate é, por si só, relativamente seguro para a Seleção Nacional. Em caso de igualdade no Dragão ao cabo dos 90 minutos, a formação orientada por Roberto Martínez só corre o risco de cair para o segundo posto do Grupo F se a Hungria ganhar por três ou mais golos à Irlanda, em Budapeste (os dois desafios serão jogados à mesma hora, naturalmente). Um cenário que não pode ser descartado, apesar do bom momento dos boys in green, motivados pela retumbante vitória sobre Portugal. Caso os húngaros ganhem, e ainda na hipótese das Quinas empatarem com a Arménia, ambas as seleções ficam com 11 pontos e aí será a diferença de golos a decidir: neste momento, a Seleção tem uma diferença positiva de cinco tentos, enquanto a Hungria está com mais dois golos.

Em caso de derrota, Portugal até se pode apurar. Consegue-o com empate no Hungria-Irlanda, ou com vitória dos irlandeses, desde que estes não anulem a diferença de quatro golos têm em relação às Quinas; com derrota portuguesa, vitória da Hungria atiraria sempre a Seleção Nacional para o segundo lugar do grupo.