Médio analisou derrota com a República da Irlanda e abordou a expulsão de Cristiano Ronaldo

«Ganhar o Mundial», Ronaldo e aspetos a rever: tudo o que disse Bruno Fernandes

Médio falhou o jogo com a Irlanda, mas vai estar em campo frente à Arménia, este domingo

Após ter falhado o duelo com a República da Irlanda, por acumulação de cartões amarelos, Bruno Fernandes está de volta às opções de Roberto Martínez para o embate decisivo com a Arménia, este domingo, e, na antevisão do encontro falou sobre o sonho de conquistar o Mundial, da expulsão de Cristiano Ronaldo e dos aspetos a melhorar na Seleção, seja ante a Irlanda ou contra... Alemanha e Espanha.

—Viu de fora o jogo com a Irlanda. Que análise faz à partida, à expulsão de Ronaldo e a todo o burburinho pós-jogo?

O jogo não correu da forma que queríamos. Não conseguimos ser objetivos como pretendíamos. Criámos poucas ocasiões, a nossa construção foi muito baixa e um pouco lenta. Tínhamos de ser mais objetivos e rápidos. Sobre a expulsão, foi um momento em que o Cristiano teve uma reação que lhe custou caro. Algo que sabe que não queria fazer, mas acabou por acontecer. Sabe que cometeu um erro e infelizmente não nos pode ajudar amanhã [domingo]. Já estávamos por baixo do jogo, mas dificultou um bocadinho mais as coisas por jogarmos com 10 e não termos um jogador que pode marcar golos a cada momento. Quanto aos acontecimentos, são coisas que, infelizmente, fazem parte do nosso futebol português. O calor do jogo, do momento, o facto de não termos conseguido um resultado positivo.

—O que é que a Seleção tem de fazer de diferente contra a Arménia?

—Já tivemos outros jogos em que jogámos contra blocos baixos, temos de movimentar a bola mais rapidamente. Temos de ser rápidos a fazer a chamada virada do jogo. Temos de ter mais gente dentro da área, dar mais suporte aos jogadores da frente para criar mais confusão dentro da área. Há muitos outros aspetos que temos de melhorar. Mas não é pelo facto de termos perdido com Irlanda. Já tínhamos de mudar esses aspetos quando ganhámos à Espanha e à Alemanha. Da nossa parte, fazemos a mesma leitura dos jogos, à parte do que foi o resultado e exibição individual de cada um. O que temos de fazer de diferente neste jogo é ganhar, porque esta Seleção está habituada a ganhar e tem de continuar assim.

—O que espera da Arménia?

—Já defrontámos a Arménia. É uma equipa com muita velocidade na frente, muita qualidade no meio-campo, uma seleção muito agressiva. Mas temos de focar-nos mais nas dificuldades que podemos causar. Temos de ser Portugal, fazer das nossas valências o ponto mais forte do jogo e tentar que as valências deles não sejam tão vistas.

—O crescente burburinho sobre a candidatura de Portugal ao Mundial coloca uma pressão extra sobre o grupo?

—O objetivo de Portugal é ganhar sempre, isso não muda consoante o momento e o jogo. Queremos sempre ganhar. Não muda nada para nós jogarmos contra uma equipa que está no topo do ranking ou no lugar 50. Vamos para dentro do campo para ganhar, somos uma seleção com grande qualidade, também para ganhar os jogos mais complicados, como aconteceu com Irlanda. Contra a Hungria, sofremos de bola parada e no último minuto, numa fase em que não conseguimos controlar bem os últimos minutos. Criámos muitas oportunidades, o guarda-redes deles esteve muito inspirado. Mas isso não muda o facto de querermos vencer o Mundial. Queremos ganhar o Mundial, nunca escondemos isso. O sonho para qualquer português é que Portugal possa levantar o tão desejado Mundial, como era com o Europeu e conseguimos em 2016. Esse sonho vai estar sempre presente connosco, mas temos de ganhar jogos e já amanhã. Estarmos no Mundial será consequência de ganharmos amanhã [domingo]. O mais importante é ganhar o jogo e não pensar no que vem depois.