Deco é o diretor desportivo do Barcelona
Deco é o diretor desportivo do Barcelona - Foto: IMAGO

Deco fala sobre Yamal e o mercado do Barcelona: «Não gostamos de vender, mas...»

Diretor desportivo dos catalães concedeu extensa entrevista ao The Times

Deco, antigo internacional português e atual diretor desportivo do Barcelona, campeão espanhol em título e líder de La Liga, abriu o livro numa extensa entrevista ao The Times, na qual deixou pouco por dizer.

O dirigente falou sobre o futuro de Lamine Yamal no clube catalão e, entre outros temas, também tocou na política blaugrana no mercado de transferências, admitindo que, apesar de o Barça não ser um clube vendedor, não escapa às inevitabilidades do futebol atual.

«A nossa ideia principal não é vender jogadores. O Barcelona não é um clube que goste de fazer isso. Mas, claro, temos de aprimorar esse aspeto, porque, por vezes, também é preciso vencer. E para vender jovens é necessário ter controlo. Há que estar atento ao término dos contratos e planificar o futuro», começou por assinalar Deco, sem rodeios na hora de reconhecer Yamal como a estrela da companhia em Camp Nou.

«Sei que o desejo e o sonho do Lamine é ganhar algo importante para o Barcelona. Queremos tornar a equipa mais forte e sei que, se isso acontecer, ele ficará feliz», prosseguiu o ex-futebolista, que também abordou o caso de Marcus Rashford, cedido pelo Manchester United.

«Está feliz connosco. É um jogador fantástico. Teve de arcar com a responsabilidade de ser um jogador importante no Manchester United quando ainda era demasiado jovem e acabou por sofrer um pouco com a mudança geracional que o clube atravessa», explicou Deco, numa época em que o internacional inglês tem elevado novamente o nível, com seis golos e oito assistências em 18 partidas.

Elogiando o presidente do Barcelona, Joan Laporta — «É muito corajoso, envolveu-se no clube ao mesmo tempo que reconstruía o plantel, o estádio e as finanças» —, Deco assegura que a ideia de se tornar diretor desportivo do colosso da Cidade Condal partiu do dirigente máximo. «O clube precisava de uma mudança, de uma reconstrução, e eu queria ajudar do lado de fora. Tornar-me diretor desportivo não foi minha ideia. O presidente é que me dizia sempre: 'Tens de ser o diretor desportivo'. Quando ele chegou, o Barcelona estava numa fase complicada, devido à pandemia de covid-19. As vendas de bilhetes baixaram muito, tínhamos vários jogadores com salários muito elevados e uma geração em mudança constante», recordou Deco.

Atualmente, o Barcelona lidera a LaLiga, com 34 pontos somados ao cabo de 14 jornadas. O eterno rival Real Madrid está em segundo, com menos um ponto.