Courtois defende jogadores e alerta para a saúde mental: «Não somos máquinas»
Após a vitória do Real Madrid frente ao Athletic Bilbao por 3-0, Thibaut Courtois aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem forte sobre o tratamento dado aos futebolistas. O guarda-redes belga, que regressou à titularidade na LaLiga, mencionou diretamente o caso de Ronald Araújo, do Barcelona, para ilustrar o impacto do abuso na saúde mental dos atletas.
Courtois lamentou a crescente onda de insultos nos estádios e nas redes sociais, sublinhando que os jogadores não são imunes à pressão. «É difícil. Somos pessoas, somos humanos. Veja-se o que aconteceu com o Araújo. O abuso que ele sofreu nas redes sociais depois do jogo contra o Chelsea é o início de tudo. Depois, lamentamo-nos quando um jogador está mal a nível mental», declarou o guardião na zona mista.
O jogador do Barcelona, Ronald Araújo, pediu ao clube alguns dias de pausa após a avalanche de críticas e ataques que recebeu devido a um erro cometido na Liga dos Campeões, um exemplo que Courtois usou para reforçar o seu ponto de vista.
Courtois defende Vinícius Júnior
O guarda-redes belga também abordou a tensão vivida pelo seu colega de equipa, Vinícius Júnior, em San Mamés, onde o brasileiro voltou a ser alvo de assobios e provocações por parte do público. Courtois defendeu Vinícius e exigiu mais respeito por todos os profissionais.
«Não somos máquinas, somos pessoas. Gosto da picardia nos jogos, mas não tem de haver sempre insultos. Hoje o Vini esteve tranquilo», explicou. «No final de contas, é preciso ter um pouco de respeito, porque somos humanos.»
Courtois insistiu que o ambiente competitivo não pode justificar certos comportamentos e apelou a uma reflexão séria sobre o tema. «As picardias criam ambiente, sim, mas há limites», recordou.
Este episódio surge poucos dias depois de, contra o Girona, o brasileiro ter provocado os adeptos locais, sugerindo que iriam descer de divisão.