Cinco anos depois, Grosjean voltou a conduzir um Fórmula 1: «Fizeram-me chorar»

Cinco anos depois do grave acidente que quase lhe tirou a vida, Romain Grosjean voltou a conduzir um monolugar da Fórmula 1, no caso o Haas de 2023, precisamente a sua antiga equipa.

O piloto francês teve a oportunidade de pilotar no circuito de Mugello, em Itália, num dia especial para a próprio, como admitiu.

«Foi uma oportunidade única de reencontrar pessoas que já estavam presentes na Austrália em 2016 [a primeira corrida da Haas] e de conduzir uma nova geração de monolugares. Foi fantástico. Estou imensamente grato. Não há outras palavras para descrever. No final do dia, fizeram-me chorar. Quando fiz a última volta para as boxes, estavam lá todos – pessoas da Ferrari, Red Bull, Pirelli e, claro, da Haas. Aplaudiram-me e fizeram-me uma ovação. Esperava algo assim em Abu Dhabi 2020, mas acho que hoje foi ainda melhor», afirmou, citado pelo site da Fórmula 1.

Estiveram presentes também o chefe da Ferrari, Fred Vasseur, e o atual chefe da Haas, Ayao Komatsu, outrora engenheiro de corrida de Grosjean. Além disso, outras equipas de F1 estavam na pista italiana, a testar pneus para a Pirelli. Grosjean aproveitou a ocasião para usar um capacete especial com desenhos dos seus três filhos, que originalmente deveria ter usado na última corrida da temporada de 2020 em Abu Dhabi.

«Foi um dia chuvoso, mas como se diz nos casamentos – casamento chuvoso, casamento feliz. Então, dia chuvoso, dia feliz. No início, senti-me um pouco enferrujado, mas depois tudo voltou. Até experimentei um arranque parado. O meu último arranque assim foi no Bahrain 2020, desta vez correu muito melhor», acrescentou.

Até ao acidente mencionado, Grosjean esteve na Fórmula 1 ininterruptamente desde 2012. Após a recuperação, não regressou à mais prestigiada categoria do automobilismo, mas competiu na IndyCar e também participou nas 500 Milhas de Indianápolis e nas 24 Horas de Le Mans.