Chiesa 'inspirado' por Jota contra o Bournemouth: «Ajudou-me lá de cima a marcar»

Federico Chiesa marcou o golo do 3-2 na partida de sexta-feira à noite frente ao Bournemouth, apenas seis minutos depois de entrar em campo, ajudando a desatar o empate que a equipa visitante havia conseguido depois de ter estado a perder por 0-2. O extremo italiano fez questão de dedicar o golo a Diogo Jota, o seu antigo colega do Liverpool, falecido a 3 de julho.

O italiano contribuiu para o Liverpool sair do primeiro impasse da temporada, com o golo aos 88 minutos, que permitiu à equipa voltar à liderança no marcador. Acabaria por vencer por 4-2, após Mohamed Salah também ter marcado na compensação.

Foi o terceiro golo marcado em 2025 pelo jogador de 27 anos, e que o Liverpool parecia pronto para dispensar neste mercado. Mas os problemas no setor ofensivo do campeão inglês, provocados pelas saídas de Luís Diaz e Darwin Núñez, e também pela morte de Diogo Jota, mudaram provavelmente o seu destino.

«[O golo] foi um grande momento para mim, mas os meus pensamentos estão com o Diogo. Acho que, pelo que vimos, este foi o dia dele. O que senti da parte dos adeptos, a cantarem a sua música ao longo de todo o jogo, foi muito emocionante para mim. Tenho de dizer que, depois do golo, pensei na família dele, no irmão André. Foi a única coisa em que consegui pensar», referiu à BBC.

Por outro lado, ao canal Sky Italia, foi mais espiritual: «O meu primeiro pensamento depois do golo foi para o Diogo, para o irmão dele e para a sua família. Hoje foi realmente muito comovente: terminar o jogo com uma vitória assim foi uma grande emoção. Lá de cima, o Diogo ajudou-me a empurrar aquela bola para dentro da baliza e marcar — quero acreditar que foi assim.»

«Hoje [ontem] foi realmente emocionante: terminar o jogo com uma vitória foi uma grande alegria. O golo recompensa-me pelo trabalho realizado. Cheguei em condições difíceis porque não treinei com a Juventus e isso prejudicou-me», recordou.

Chiesa confessou também ao canal italiano os meses difíceis que passou desde que se transferiu da Serie A: «Após um ano, estou satisfeito. Agradeço aos médicos e ao treinador que me deram esta oportunidade e que se portaram sempre de forma excelente comigo, o golo também é para eles.»

O italiano, que não marcava desde 29 de janeiro, na última jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, na derrota por 2-3 frente ao PSV, em Eindhoven, também falou sobre o futuro: «Vamos falar com o Liverpool, mas vou ser sincero: estou feliz aqui. Jogo numa das equipas mais fortes do mundo. Tenho de esperar e estar pronto, como estive esta noite. Tenho de mostrar que posso jogar nesta equipa. Repito, o treinador tratou-me muito bem nestes últimos meses.»