Mariana Cunha melhorou o seu máximo dos 100m mariposa no último dia do Nacional        Fotografia FPN
Mariana Cunha melhorou o seu máximo dos 100m mariposa no último dia do Nacional Fotografia FPN

Camila e Diogo reinam no Nacional, Mariana e Algés derrubam últimos recordes

Tal como em 2025, olímpicos do Louzan e do Benfica voltam a arrebatar títulos individuais de campeões de piscina curta, mas, coletivamente, as águias conquistaram mais pódios do que ninguém, quase todos nos homens, seguidos de Louzan, Sporting, Algés e FC Porto

 Numa derradeira jornada na qual Diogo Ribeiro assegurou que, tal como na passada temporada, ao vencer os 100 mariposa (50,51s), assim como integrando a estafeta masculina do Benfica de 4x50 estilos (1.36,96m), juntamente com Miguel Nascimento, Carlos Nunes e Tomás Januário, renovou todos os títulos individuais que nadou (50 e 100 livres, 50 e 100 mariposa), os Nacionais de piscina curta disputados em Leiria encerraram com dois recordes de Portugal.

O primeiro conseguido por Mariana Cunha (Colg. Efamor) nos 100 mariposa, que ao parar o cronómetro nos 57,93s melhorou o máximo que a própria havia fixado há duas temporadas no Meeting de Felgueiras (58.01).

«Hoje o meu sentimento é o oposto. Já há dois anos que estava à espera de baixar o meu recorde nacional e, por isso, sinto-me bastante feliz. Estava a precisar de baixar esta barreira para fortalecer-me psicologicamente e este resultado vai dar-me bastantes forças para a época de piscina longa», afirmou Mariana à comunicação da FPN depois de se ter tornado na primeira portuguesa a fazer o percurso abaixo dos 58s.

Objetivo que tentara concretizar há pouco mais de uma semanas no 23.º Europeu de Lublin. «Posso dizer que guardei o melhor para o fim da época de piscina curta. Não estava à espera de ficar doente na semana anterior ao Europeu e isso afetou-me um bocado. Mas consegui responder muito bem agora e estou bastante feliz», completou a internacional lusa.

O segundo máximo luso foi protagonizado pela estafeta feminina de 4x50 estilos do Algés composta por Rafaela Azevedo (27,73), Marta Pires (27,61), Cláudia Borges (31,52) e Ema Conceição (24,84) que baixou o melhor de sempre a nível de clubes para 1.51,70m. O anterior recorde sénior resistia há sete anos (1.55,38) e também havia sido alcançado por um quarteto do Algés, que um ano mais tarde baixou a marca em Open para 1.53,11.

E se nos homens Diogo Ribeiro impôs-se à concorrência, nas mulheres foi Camila Rebelo (Louzan) e Francisca Martins (Foca) que dominaram as suas provas. Camila, a mais titulada individualmente da competição, esperou pelo último dia para arrebatar os títulos dos 50 costas (27,28) e dos 200 estilos (2.12,67m), ambas em que é a recordista nacional, e juntá-lo aos 100 e 200 costas e dos 400 estilos,  conseguidos nos dias anteriores.

«É o culminar de duas semanas com muita intensidade competitiva, o objetivo era sempre melhorar a cada etapa e chegar ao Nacional em Portugal, divertir-me ao máximo e fazer as melhores prestações possíveis», explicou a olímpica do Louzan que na semana anterior ficara à beira do pódio (4.ª) nos 200 costas no Euro.

«Fazer boas prestações na piscina curta com três/quatro meses de treino depois das férias do verão é sempre bom. Quanto à época de piscina longa, pretendo chegar ao Europeu na melhor forma, tal como aos Jogos do Mediterrâneo e, se possível, trazer uma medalha novamente, mas ainda faltam muitos meses», concluiu.

Por fim, ao vencer os 400 livres (4.04,91), Francisca ameaçou voltar a derrubar o seu recorde nacional (4.04.57), no entanto juntou esse ceptro ao dos 100, 200 e 400 livres.

Com 29 pódios (13+11+5), 22 nos masculinos (12+8+2) e 5 nos femininos (0+2+3), o Benfica foi o clube com mais pódios e títulos nacionais.

O Louzan foi o segundo com mais 1.º lugares, 17 (10+3+4), com Camila Rebelo a contribuir com cinco nas senhoras (6+1+2), enquanto o Sporting, registou 18 pódios (4+8+6), com 15 (3+7+5) a virem do sector feminino, assim como o Algés (1+11+6), também a destacar-se nas senhoras (1+8+3).

O FC Porto, com 10 (3+5+2) foi quinto no total de medalhas, mas aí a prevalência foi nos masculinos (2+4+2).