Benfica, Di María e Cavani: as palavras do treinador do Boca Juniors
Miguel Ángel Russo, treinador do Boca Juniors, fez o lançamento do encontro com o Benfica, não esquecendo Di María, que vai regressar ao Rosario Central, equipa que o técnico de 69 anos dirigiu e conhece muito bem.
«Para o Angelito, desejo o melhor, que tenha um bom regresso ao Rosario Central. Desejo-lhe o melhor para tudo o que aí vem… depois desta etapa», disse, sorrindo, em tom provocatório, sabendo que o compatriota é uma das setas apontadas à baliza do Boca Juniors.
«É o Boca Juniors, há que jogar, há que estar a um nível alto, saber que vamos apanhar muito calor, que vamos lidar com um monte de coisas, que vamos ter de jogar três partidas em sete ou oito dias. Temos falado sobre aquilo que procuramos, sobre o que queremos e desejamos o melhor possível para o arranque na competição, essa é a ideia principal e estamos a falar muito disso. E estou contente porque estamos a falar de coisas reais», explicou Russo.
«O Boca é o Boca. Recebo muitas mensagens de outros países demonstrando grande respeito por nós. As pessoas também fazem a sua parte e, nesse aspeto, estamos tranquilos e confiantes, a torcida do Boca é diferente», prosseguiu o treinador, que conquistou a Libertadores pelo Boca Juniors em 2007.
Classifica o Benfica como «um dos grandes da Europa» e diz que «é preciso manter uma linha de ordem permanente e entender como é o jogo, perceber como o adversário joga». «Competir é estar à altura do que é o Boca e do que significa este tipo de competição. É um orgulho estar aqui, um prazer», assegurou.
Russo lembra que «o Boca tem jogadores de alto nível». «Trabálhamos muito bem nestas duas semanas e estamos a finalizar os detalhes para entender como derrotar essas equipas. A margem de erro é mínima», acrescentou.
Edinson Cavani, que foi alvo do Benfica e que é uma das armas do Boca Juniors, mas luta com uma lesão muscular, foi tema. «Vamos ver como as coisas evoluem. Vamos conversar, vamos ver. Vamos lidar com isso da melhor maneira possível, dia a dia.»
Ayrton Costa, lateral que finalmente conseguiu o visto para entrar nos Estados Unidos, deixou o treinador muito feliz: «A chegada dele é boa, porque precisamos de todos. Ele está muito feliz por ter vindo, fez muito bem ao grupo. Ele precisa de estar aqui, é muito bom. É mérito do clube, que fez tudo o que podia.»
Miguel Ángel Russo é, aos 69 anos, um treinador realizado: «Estou muito feliz. Nesta altura da minha carreira, com tudo o que passei, se não estiver contente, não faço isto. Gosto e tenho muita comunicação com os jogadores, que é o mais importante. Falo com todos: com os grandes, com os miúdos que estão a começar, com os que têm algum problema. A minha comunicação com os jogadores é muito ampla e tem de ser assim».