Benfica: 16.ª Supertaça com Justice
Numa 40.ª finalíssima da Supertaça Mário Saldanha, disputada no Pavilhão Dr. Mário Mexia, em Coimbra, em que só permitiu que o adversário liderasse uma vez (11-12), ainda no quarto inaugural, pouco depois de se terem registado as duas únicas igualdades (5-5 e 7-7), o Benfica bateu o FC Porto por 91-65 (31-18, 15-18, 22-12, 23-17) e conquistou o troféu pela 16.ª ocasião em 23 presenças.
Oito contra os dragões, com os de Lisboa a dilatar a vantagem no superduelo para 5-3. Isto depois de, na passada temporada, terem perdido precisamente frente aos azuis e brancos (97-93). Desfecho que impediu que o conjunto da Luz levasse o troféu pela terceira vez seguida. No entanto, esta foi a nona ocasião que o alcançaram nas últimas 16 edições.
O extremo americano Justice Sueing, com 19 pts (5/6 L2, 1/5 L3, 6/9 LL), 15 res (3 of.) e 2 rbl foi considerado o MVP da Supertaça.
Quanto ao treinador Norberto, é a quinta Supertaça no currículo, tendo vencido a primeira ainda na Oliveirense. Tantas quantas o base Diogo Gameiro (5 pts, 4 res, 3 ass) e havendo a particularidade do poste Daniel Relvão (5 pts, 6 res) já ter ganho também pelo FC Porto e Sporting. Únicos emblemas vencedores desde 2009/10.
Como se manteria mesmo que tivesse sido derrotada, a formação da capital permanece como aquela, entre um total de oito, que já levantou Supertaça mais vezes, seguindo-se FC Porto e Ovarense com oito.
Sobre a história da partida em si, o FC Porto, que voltou a contar com o lesionado Tanner Omild (11 pts, 7 res), mas continua com demasiadas limitações, até devido à constante reconstrução e adaptação do plantel desde o início da época, e pouca profundidade do banco, manteve-se na discussão enquanto a frescura física não começou a pesar e, também devido a isso, muitas das principais figuras foram-se aproximando do limite das faltas.
Mas não explica tudo. O Benfica limitou a ação do rival na área e impediu que Javie Davis (5 res, 2 rbl), MVP da Liga Betclic em 2024/25 pelo Imortal, influenciasse o jogo perto do cesto. O poste terminou com 1(!) ponto e 0/6 em lançamentos de campo. Quando quis encestar, obrigaram-no a ir para a linha de lance livre (1/4), de onde não foi bem-sucedido.
Depois de terem estado em desvantagem por 11-12 após lançamento de três pontos de Omlid, o tretacampeões deram o primeiro safanão no placard com um parcial de 13-3 (24-15), que incluíram dois triplos de Betinho Gomes (16 pts, com 4/7 de três pontos) e outro de Koby McEwen (8 pts, 3 res).
Dois suplentes que mantiveram a pressão defensiva e ritmo no ataque. Razão pela qual, a fechar o quarto inaugural o Benfica atingiu a maior diferença na 1.ª parte (31-18). Ao intervalo, o banco das águias havia obtido 17 pontos. O do FC Porto, 6. Diferença que se manteve no final: 34-22.
O único momento em que ainda houve esperança de um maior equilíbrio foi no arranque do 2.º período, quando Jhonathan Dunn (19 pts, 4 res) e Corlelius Husdon (10 pts, 3 res) foram os principais responsáveis pelo parcial de 0-8 (31-26) que obrigou Norberto a pedir desconto de tempo.
No recomeçou o poste polaco Aleksander Dziewa (10) marcou mais dois triplos (37-28) e minutos depois os de encarnado estavam a ganhar por 43-32.
Nunca mais ficaram a liderar por menos de dez (46-36 ao intervalo), até porque, no arranque da 2.ª parte, uma sequência de 9-0 (55-36) foi acentuando as limitações do adversário quando o ataque passava a ser em transição. As faltas portistas foram-se acumulando enquanto, do lado do Benfica, Geno Crandall (12 pts, 4 ass) juntou-se a Betinho e Sueing para que, nos dois últimos 2.43m, os vencedores chegassem à superioridade de 30 pontos, por duas vezes (89-59, 91-61), E isto num momento em que já haviam reduzido a intensidade.
Curiosidade, as duas equipas ficaram-se pelos 9 turnovers e ao intervalo estavam com 4-4. Raro. Mas na luta das tabelas, notou-se o desequilíbrio: 48-39.
Últimas dez finalíssimas
2015/16 - Benfica-Barcelos, 79-42
2016/17 - Benfica-FC Porto, 70-84
2017/18 - Benfica-CAB Madeira, 104-74
2018/19 - Oliveirense-Illiabum, 97-89
2019/20 - Oliveirense-FC Porto, 69-92
2020/21 - Não se realizou devido à pandemia
2021/22 - Sporting-Imortal, 74-64
2022/23 - Benfica-Sporting, 84-89
2023/24 - Benfica-Imortal, 93-75
2024/25 , Benfica-FC Porto, 93-97
2025/26 - Benfica-FC Porto, 91-65