Bem-vinda de volta, Fórmula 1!
O regresso da Fórmula 1 a Portugal, ao Algarve, em 2027 e 2028, não é apenas uma boa notícia. É um sinal: de ambição, de visão e de confiança num país que já provou, quando foi chamado à última hora, que sabe organizar, receber e brilhar. Portimão não é um circuito qualquer: é técnico, exigente. desafiante, daqueles que os pilotos respeitam e seduzo público à primeira curva. A F1 ali não passa — fica.
Há, claro, a economia, que nunca é detalhe. Hotéis cheios fora da época alta, restauração a trabalhar a um ritmo raro, emprego direto e indireto, promoção internacional que dinheiro nenhum compra com a mesma eficácia. Durante um fim de semana, o Algarve deixa de ser apenas destino turístico e passa a ser centro do mundo desportivo. E isso arrasta a região, mas também o país, para um patamar de exposição que tem reflexos muito para lá dos três dias de competição.
Depois há o lado que não se mede em números: o desporto e o prestígio. Ver os melhores pilotos do mundo lutar num traçado português reforça a nossa credibilidade enquanto nação organizadora e apaixonada pelo desporto motorizado. Aproxima o público, entusiasma gerações mais novas, cria memórias. A Fórmula 1 não é só velocidade — é narrativa, é espetáculo, é emoção partilhada.
Deve cre-se que o GP de Portugal é a termo certo. Mas o país não tem de implorar por vaga no calendário, e sim, de aproveitar quando o tem. Se se confirmar o que já sabemos, o Algarve voltará a mostrar que, quando os semáforos se apagarem, estamos prontos para mais. Dentro e fora da pista.