Barcelona goleia 'armada portuguesa' com ajuda do árbitro
Depois de ter perdido na jornada anterior frente ao PSG, o Barcelona estava obrigado a ganhar na receção ao Olympiakos para se manter na zona alta da tabela da UEFA Champions League, mas também para que este ensaio geral pudesse proporcionar à equipa sensações positivas para o clássico do próximo domingo com o Real Madrid.
O objetivo foi alcançado, mas não da forma fácil que o 6-1 pode sugerir.
Mendilibar, o técnico espanhol do Olympiakos, longe de colocar os seus homens atrás para defender como fazem a maior parte das equipas que visitam o estádio de Montjuic, optou imitar o que costuma fazer o Barça, linhas adiantadas e forte pressão no meio campo dos locais.
Que tiveram a fortuna de, logo aos 7 minutos e num rápido contra-ataque, marcar o primeiro golo, obra de Fermín a concluir um passe de Lamine Yamal.
Esse tento não fez mudar as ideias da turma grega, que continuou a dar a cara, a jogar sem complexos e a criar problemas. Podence, que no minuto inicial obrigara o guardião do Barça a uma grande defesa, fez mais tarde uma boa entrega a Gelson Martins, que perdeu boa oportunidade para marcar.
A equipa grega viveu o inconveniente de ter ficado sem o lesionado Chiquinho à meia hora de jogo – foi substituído por Diogo Nascimento –, mas isso não evitou que tenha provocado grandes problemas ao Barça e que tenha sido superior em várias fases do primeiro tempo.
Um esforço que, em lugar de ter prémio, recebeu o castigo do segundo golo sofrido, de novo da autoria de Fermín, pouco antes do intervalo. Ao qual se chegou com resultado bastante enganoso, nem o Barça teve méritos para os dois golos de vantagem nem o Olympiakos merecia tal punição.
A turma visitante iniciou o segundo tempo com a mesma disposição do primeiro e logrou aproximar-se com um tento de El-Kaabi. O ponta de lança marcou inicialmente a centro de Podence, mas o VAR detetou uma mão anterior de Eric García. O golo foi anulado e em seu lugar foi decretado penálti, que Szczesny não logrou deter.
O Barcelona entrou de novo em dificuldades mas tudo mudou quando ainda antes do quarto de hora da segunda parte o árbitro mostrou injustamente o segundo cartão amarelo a Hezze, um erro grave que o Olympiakos acusou demasiado.
Com mais um, o Barcelona aproveitou a tragédia grega para ir marcando golos, uns atrás dos outros. Lamine Yamal fez de grande penalidade o terceiro, Rashford bisou e Fermín completou o hat-trick, uma demonstração de capacidade goleadora que serviu para disfarçar o jogo pouco convincente da turma de Hansi Flick.
A goleada foi um castigo demasiado severo para uma equipa recheada de portugueses: além de Podence, Chiquinho e Gelson Martins, que jogaram no apoio a El-Kaabi, também Costinha foi titular, como lateral-direito. E do banco, além de Diogo Nascimento, saltaram mais três jogadores com passagem por Portugal: Taremi, Yaremchuk e Bruno Onyemaechi.