As pérolas da formação do Benfica e Paulinho na Seleção Nacional
Foram muitos. Foram tantos. Falamos, naturalmente, dos inúmeros jogadores que passaram pela mão de Renato Paiva durante os anos em que esteve na formação do Benfica. Mas como a vida é feita de desafios, A BOLA limitou a escolha do técnico a um quinteto. Quais foram os cinco atletas que treinou que mais o marcaram?
«Bernardo Silva, Rúben Dias, João Félix, Gonçalo Ramos e Renato Sanches. Aqueles cinco com quem eu passei mais tempo a trabalhar, com quem fomos subindo de escalão juntos — com o João Félix não tive tanto tempo, ele depois disparou», recorda.
E há um orgulho grande de ter potenciado todos estes craques: «Ajudar a potenciar, ajudámos todos. Depois há a parte do próprio jogador. É um trabalho a dois. Se o jogador não quiser, não há treinador nenhum, nem Mourinho, nem Guardiola, nem ninguém..»
Sente-se como que o padrinho de todos eles? «É inegável que quando entramos em contacto com estes jogadores aos seus 15 ou 16 anos é um sonho para eles. Eu revia-me muito naquilo, porque também tinha sido o meu sonho. Eu sentia que era um veículo muito importante para esse sonho. Muitas vezes recebia chamadas de pais para falar com os miúdos de temas que não tinham nada que ver com o futebol. Nós éramos esse veículo e eles ouviam-nos. Quando os vejo chegar onde chegaram, a ganhar prémios e títulos, sento-me no sofá com um bocadinho de orgulho, naturalmente. Mas o maior orgulho deve ser sempre do Benfica. Estes jogadores são marca Benfica», analisou o treinador.
Paulinho? «Para mim, é jogador de seleção»
Há um português que brilha intensamente no México: Paulinho. O ponta de lança chegou ao Toluca por indicação expressa de Renato Paiva e, como tal, está fácil de ver que o técnico não poupa nos elogios ao esquerdino.
«É olhar para os números. O que posso dizer é que é o melhor profissional que treinei. Completo, dentro e fora do campo. Faz golos, joga, faz jogar e assiste. Tem um índice de profissionalismo exclusivo. Por isso é que nesta idade faz o que faz. E vai continuar a fazer», projetou.
Muito se tem falado sobre uma possível convocatória de Paulinho para o Mundial do próximo ano e Renato Paiva dá o seu parecer. Isto sem nunca querer beliscar as opções de Roberto Martínez, vinca.
«Na sua posição específica, para mim, hoje em dia, é jogador de seleção. Mas se há coisa que detesto fazer é colocar-me nos sapatos do meu colega, neste caso de Roberto Martínez. Não estou a dizer que tem de levá-lo à seleção, porque isso é, obviamente, uma decisão dele. Estou a dar a minha opinião. Paulinho é um ídolo no México. Foi pela terceira vez o melhor marcador do campeonato, já foi o melhor jogador... Fico muito feliz por ele, porque merece muito», assume, sem rodeios.
Veja aqui a entrevista na íntegra:
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