Treinador do FC Porto explicou que o avançado tinha queixas no joelho após o jogo com a Roma

Anselmi joga assim porque quer

'Estádio do Bolhão' é o espaço de opinião semanal do jornalista Pascoal Sousa

Começa a ser fastidioso culpar o jogador A ou jogador B para explicar o caos tático que o FC Porto exibe nesta fase da temporada. Seja com o argentino ou com Vítor Bruno, os centrais – e, mais importante, a qualidade destes – têm sido um tema recorrente de discussão.  

Não há dúvidas de que os atuais defesas estão longe do nível de outros nomes que marcaram o eixo defensivo dos azuis e brancos no passado. O FC Porto sempre teve tradição de excelência na descoberta de grandes centrais, trincos de qualidade e avançados com um poder de finalização invejável.

Dito isto, e sabendo-se que Anselmi não teve tempo ainda para consolidar a sua ideia de jogo, devido ao calendário sobrecarregado, e perdeu Nico González e Galeno, é difícil conceber que o argentino persista no seu modelo de jogo sem ter matéria-prima para o fazer.

Se opta por este sistema, é porque acredita que os jogadores se ajustam às suas ideias. Caso contrário, como o próprio afirmou, mudaria de abordagem, pois não está preso a nenhum esquema tático específico. Anselmi, tal como Ruben Amorim no Man. United trabalha a sua ideia e recolhe os riscos daí decorrentes.  

Anselmi chegou para ser campeão esta época. Por essa razão foi contratado, para introduzir outra dinâmica, mas acima de tudo vencer. Não em 2025/26. Agora. E foi também contratado para (re)animar o grupo, algo que parece não estar a correr sobre rodas. Samu e Eustáquio no banco contra o Vitória, após as críticas do espanhol em Roma e a expulsão do médio, sugere uma possível falta de harmonia.