Agra deliciou-se com as brisas do Lis, Werton serviu (a) Bica (crónica)
Que manhã saborosa para o Leixões. O conjunto de Matosinhos foi ao centro do País derrotar a UD Leiria (3-1) e deliciou-se com a brisa do Lis, doce típico da cidade. À iguaria provada por Salvador Agra juntou-se (a) Bica servida por Werton e o ramalhete ficou composto.
A primeira ameaça surgiu por parte do conjunto matosinhense, com José Bica a atirar à malha lateral após cruzamento de Salvador Agra (16’), sendo que os leirienses responderam de imediato, com Lottin, de fora da área, a obrigar Miguel Morro a uma excelente defesa (18’).
O marcador funcionou aos 20 minutos, quando Habib Sylla fez um passe absolutamente disparatado e que foi aproveitado por Salvador Agra: o extremo entrou na área, pela direita, e rematou para o fundo das redes da baliza contrária.
O Leixões foi sempre muito mais equipa, em todos os domínios do jogo, e poderia ter dilatado a vantagem ainda antes do intervalo: José Bica voltou a rematar à malha lateral (23’) e também não foi feliz aos 40’, uma vez que cabeceou por cima. O jovem avançado, ex-Vitória de Guimarães, ainda conseguiu faturar, após passe de Ricardo Valente, mas estava em posição irregular e golo foi anulado (45+1’). Pelo meio, Werton deu brilho a João Bravim (41’). Do lado unionista, apenas Pablo Fernandez (24’) e Genaro Rodríguez (34’) colocaram a defensiva nortenha em sentido.
A intensidade manteve-se na etapa complementar e a superioridade dos forasteiros… também. Ainda com mais relevo, sublinhe-se. Juan Munoz ainda fez saltar os adeptos da UD Leiria, mas o capitão viu o golo anulado por fora de jogo de Jordan van der Gaag, no início da jogada (49’). Esse momento deixou o Leixões em alerta e os comandados de João Nuno Fonseca que, ao minuto 60, aumentaram a vantagem: excelente passe de Werton e José Bica, já depois de tirar José Pedro do caminho, fez o 0-2.
E logo a seguir o score cresceu ainda mais: assistência de Salvador Agra e Werton (bem merecia!) inscreveu, também ele, o seu nome na lista de marcadores da partida.
O vencedor estava encontrado. Pelos números absolutamente esclarecedores, claro, mas também pela qualidade de jogo dos matosinhenses. E nem o tento de honra apontado por Pablo Fernández (71’), na sequência de uma oferta de Jair, atenuou a dor dos da casa. Nada havia a fazer. E o quarto golo do Leixões só não apareceu… por acaso: Cláudio Araújo atirou uma bomba à barra (83’) e, na recarga, João Bravim voou para negar o cabeceamento de Naldo.
A UD Leiria, que no passado sábado havia sido um dos tomba-gigantes da Taça de Portugal, ao eliminar o Alverca no desempate por penáltis, somou o terceiro jogo seguido sem vencer na Liga 2, ao passo que o Leixões, que também segue na prova rainha depois de ter deixado pelo caminho o Amarante, após prolongamento, colocou fim a uma série de quatro derrotas consecutivas para o campeonato.