A crónica do Portimonense-Famalicão: Cabeça de Hélio anulou 'bomba' de Théo
Clap, clap, clap. As palmas são para Théo Fonseca, extremo do Famalicão, que aos 31 minutos teve um momento de antologia, atirando uma bomba com o pé direito ao ângulo superior esquerdo da baliza algarvia que, nem com asas, Vinícius – o melhor em campo para A Bola – conseguiria deter. Um golo que valeu o preço do bilhete e que levantou todos aqueles que gostam de futebol dos seus lugares para aplaudirem! Além da beleza do momento, a vantagem famalicense justificava-se, porque até aí foi a equipa que melhor futebol praticou e a que revelou mais intenções de ameaçar a baliza, quando Jhonder Cádiz se isolou ou ainda quando o guardião dos locais teve que sair a pontapé até ao limite da sua área, para anular vistosa triangulação, que deixaria Théo com a baliza à mercê.
Amarrados junto à sua área, os jogadores do Portimonense só conseguiram soltar-se perto do intervalo, mas as intenções não criaram perigo. Insatisfeito, Paulo Sérgio mexeu no seu meio-campo e alterou a forma de jogar da sua equipa, colocando-a em 4x2x3x1, como o Famalicão, deixando de lado o 3x4x3 da 1.ª parte. E em boa hora o fez, dado que os algarvios foram mais acutilantes e Luiz Junior passou a ter trabalho e Hélio Varela acabou mesmo por empatar, finalizando de cabeça um cruzamento de Jasper. Com o jogo dividido, os algarvios tiveram que recuar depois de defender o ponto, quando aos 75 minutos Ronie Carrillo foi expulso, em lance com Gustavo Sá.
Com menos um jogador, os algarvios protegeram a sua baliza e conseguiram manter o resultado até final, sem passarem por grandes sobressaltos, afastando, literalmente, a bola, para onde fosse preciso. O empate é do agrado do Portimonense, ao contrário do Famalicão que, pelo desperdício – com muito mérito de Vinícius – do 1.º tempo, sai do Algarve com um sabor amargo na boca.