Râguebi: Quatro nações, quatro continentes nas meias-finais
Nova Zelândia afastou Irlanda nos quartos e é favorita na meia-final (IMAGO)

Râguebi: Quatro nações, quatro continentes nas meias-finais

MODALIDADES19.10.202320:18

Argentina-Nova Zelândia, esta sexta-feira, e África do Sul-Inglaterra, este sábado, prometem emoções fortes em Paris

As meias-finais da 10.ª edição do Campeonato do Mundo de râguebi terão a representação mais global de que há registo. Quatro seleções de quatro continentes defrontam-se nos oitenta minutos que abrem as portas da final do França-2023.

Do Hemisfério Sul, a Argentina (América), n.º 7 do ranking mundial, e a Nova Zelândia (Oceânia), número 2, defrontam-se em Paris, no Stade de France, na noite de sexta-feira (20 horas). Vinte e quatro horas depois, no mesmo local e hora, em Saint-Denis, a campeã mundial em título, África do Sul (1.ª), representante do continente africano, tem marcado uma batalha de hemisférios com a Inglaterra (5.ª), a única nação europeia e do Hemisfério Norte nesta fase competição.

De regresso a uma meia-final (depois de 2007 e 2015), a Argentina, de Michael Cheika, entra em campo com sete sobreviventes dessa última epopeia (derrotada pela Austrália) e só uma mudança (Bertranou entra para o lugar de Cubelli em relação à partida dos quartos de final (vitória frente ao País de Gales).

Esta será a nona meia-final da Nova Zelândia (venceu quatro), recorde que os All Blacks transportam aos ombros. Dos 23 jogadores eleitos por Ian Foster, 12 jogaram as meias de 2019 contra a Inglaterra. Se chegar à final, Samuel Whitelock, 152 vezes internacional, passa a ser o primeiro jogador a atingir três finais (depois de 2011 e 2015).

Em três confrontos nos mundiais, a Nova Zelândia saiu sempre a sorrir: 1987, 2011 (nos quartos no mundial em que os neozelandeses venceram em casa) e 2015. Nos 36 embates entre as duas nações, os Pumas só por duas vezes venceram: 2020 e 2022.

África do Sul-Inglaterra

Inglaterra e África do Sul já estiveram nesta fase em cinco ocasiões. A Rosa venceu por quatro vezes (1991, 2003, 2007 e 2019), os Springboks, três (1995, 2015 e 2019).

Mediram 45 vezes forças entre si. Os sul-africanos somam 27 triunfos, quatro deles em Mundiais, incluindo as finais de França-2007 e Japão-2019. Os ingleses contabilizam 16 vitórias. Do jogo do último título, a seleção da Rosa mantém 13 jogadores, os mesmos que a África do Sul, oito dos quais serão titulares.

O selecionador inglês, Steve Bortwich, operou três mudanças nos 23 eleitos. Owen Farrel iguala Will Carling como únicos capitães a repetirem semifinais. Mario Itoje, 2.ª linha que se estreou nos ensaios frente à África do Sul (2018), acumula 16 jogos internacionais sem ser substituído (ultima vez frente à Austrália, junho de 2022, em Brismane).

Equipa que ganha não se mexe. Jacques Nienaber tem fé nos Springboks que venceram a França (nos quartos) e não mexe no XV inicial, nem no 23. No desenho do banco, será a terceira vez, desde 2011, que apostam no 5x3 (6x2 em 2019), cinco avançados e três defesas. Syla Kolisi, igualará John Smith como o capitão com mais jogos em mundiais, 11 ao todo.