Miguel Oliveira aborda futuro na Yamaha: «Se acharem que não mereço estar aqui...»
À beira da pausa de verão no Moto GP, depois do GP da Chéquia, Miguel Oliveira abordou o futuro na equipa Pramac, da Yamaha. Com uma das motos já atrbuída a novo piloto, Toprak Razgatlioglu em 2026, Pramac e a Yamaha têm de decidir quem será o outro piloto que ficará aos comandos da segunda YZR-M1 da equipa satélite. A decisão será entre Miguel Oliveira e Jack Miller.
«Não falei com ninguém. É importante frisar que, após cada sessão, eu não vou perguntar nem faço abordagens sobre o que é que acham. Nós estamos a trabalhar, o nosso foco é retirar o máximo partido da mota, fazer um trabalho normal, sem ter toda esta questão do futuro na mente. Eu estou afastado desta situação no sentido em que mentalmente não ocupa espaço nenhum. A equipa também está a fazer a mesma coisa», disse à Sport TV.
«Foi uma situação causada pela Yamaha, o meu contrato é com a Yamaha, ou seja, indiretamente tem a ver com a equipa, mas não tem nada a ver com a equipa. Logicamente que eles se podem pronunciar sobre isso, mas quem manda aqui é a Yamaha. Já há muitas corridas atrás, não é de agora, tomaram uma decisão sobre um piloto para 2026, e agora têm mais pilotos do que lugares. Nem sequer eu vou estar preocupado com isso, eu simplesmente tenho de andar de mota, dar o meu melhor, e se isso for o suficiente para que eles achem que o Miguel merece estar aqui, tudo bem, senão há outra vida para além disto», referiu ainda.
Quanto ao GP da Alemanha, em que caiu à quarta volta, o piloto português contou o que aconteceu:
«O arranque foi normal, estava à espera de um bocadinho mais de velocidade, mas desde sexta-feira que não temos a oportunidade de praticar o arranque e saí muito em linha com os outros dois pilotos da Yamaha em nível de tempo e de velocidade, mas assim que larguei a embraiagem, os pilotos da minha fila conseguiram fazer um bocadinho mais de metros para a frente. Fiquei ali um bocadinho ‘ensanduichado’. E depois, numa pequena batalha com o Raul Fernández na [curva] oito, ele ultrapassa-me e eu volto a passá-lo por dentro. Faz-nos perder ali três, quatro motos para o Luca Marini. Consegui recuperar até à 12 e depois na 13 travei mais cedo porque na volta anterior tinha ido muito largo na trajetória. E caí com a mesma velocidade que na volta anterior, mas com mais de três graus de inclinação. Uma coisa muito mínima, mas que foi suficiente para cair.»
Com nove quedas na corrida, o português apresentou uma explicação. «Teve a ver com várias coisas. A primeira delas é que não tínhamos borracha na pista. Sábado e também já na sexta-feira, com a chuva, a pista ficou completamente limpa de borracha. Saímos com o pneu mais duro à frente, isso não nos dá o maior grip e, não tendo a pista borracha, nem a temperatura certa, era mais delicado pôr o pneu a funcionar. Uma vez que já funcionava a nível temperatura, vimos que as quedas foram todas quase com nenhum outro piloto à frente, à exceção da queda do Mir e do Ogura, salvo erro. Tudo o resto foram low sides, muito devagar, sempre para a direita. Portanto, com essa vertente da temperatura a não ser o mais favorável.»
(atualizado às 15 horas)