Já não se fazem Carlos Godinhos
É com enorme emoção e alguma comoção, até, que percorro as histórias deliciosas de Carlos Godinho, uma das mais importantes figuras da história do futebol português, hoje publicadas na edição impressa de A BOLA, também espalhadas por diferentes artigos online e, em versão integral no brilhante videocast Toque de Bola, conduzido semanal e brilhantemente pelos meus camaradas Rogério Azevedo, Fernando Urbano e Paulo Cunha.
Aos três, agradeço desde já a lembrança de trazer ao palco um homem, acima de tudo, bom, daqueles que deixou forte e inesquecível marca por onde passou, sem precisar de pisar, maldizer ou atrapalhar.
Um ser humano fantástico, daqueles que já não se fabricam, e um profissional de mão cheia que, durante décadas, cuidou ao pormenor de todos os detalhes para que nada faltasse à Seleção Nacional na hora H.
Conheci-o pouco antes do Euro-2004 e guardo com carinho o homem afável, sempre disponível e respeitado como poucos, da cúpula às bases da FPF, em particular, e do futebol português e internacional, no geral.
Recordo as longas noites no estágio em Óbidos que antecedeu o Europeu que Portugal organizou onde, na companhia do grande José Manuel Freitas, me sentava com o senhor Carlos Godinho em conversas inesquecíveis e marcantes, às quais, aqui e ali, se juntava Luiz Felipe Scolari, então selecionador nacional.
Algumas dessas histórias (e muitas outras) estão hoje publicadas em A BOLA e aconselho vivamente todos a lê-las ou ouvi-las. Rogério, Fernando e Paulo, muito, muito obrigado!