Tour 2025: Mont Ventoux, Loze e ‘grande finale’ em Montmartre
A inédita subida a Montemartre é o grande final do percurso totalmente em território francês da 112.ª edição do Tour, que promoveu o regresso do Mont Ventoux como palco de uma das suas cinco chegadas em alto.
Após três Grands Départs no estrangeiro, e com outros dois previstos no menu das próximas edições – Barcelona (2026) e Edimburgo (2027) -, o Tour voltou-se para si, percorrendo 3338,8 quilómetros dentro das suas fronteiras, numa edição em que também vai homenagear lendas nacionais e testar a resistência dos favoritos com um encadeamento proibitivo de montanhas na última semana, na antessala do final nos Campos Elísios.
No ano em que se comemoram 50 anos da primeira chegada à capital, tradicional anfitriã da chegada da derradeira etapa e da festa final de consagração dos vencedores no pódio, a organização decidiu decalcar parte do espetacular traçado da prova de fundo dos Jogos Olímpicos Paris 2024, que coroou o belga Remco Evenepoel, com o pelotão a subir três vezes a colina de Montmartre, passando diante do Sacré-Coeur.
As 10 etapas iniciais, que antecedem um dia de descanso tardio – excecionalmente a uma terça-feira, para não coincidir com a jornada de feriado nacional –, não têm alta montanha, mas nem por isso serão inofensivas nas contas da geral, com o contrarrelógio de 33 quilómetros da quinta etapa previsivelmente a fazer a primeira seleção entre os favoritos.
Cumprido o primeiro dia de descanso, já depois do festival de contagens de segunda categoria da 10.ª etapa (são sete, a última a coincidir com a meta em Le Mont-Dore), o pelotão enfrenta o colossal Hautacam, onde Jonas Vingegaard sentenciou a geral em 2022.
A primeira chegada em alto acontece na 12.ª tirada e, a partir desse momento, o pelotão mergulha nos Pirenéus, com a cronoescalada de 10,9 quilómetros do dia seguinte a terminar em Peyragudes, onde a meta coincide com uma contagem de primeira categoria.
O Tour segue depois para os Alpes, começando a terceira e última semana com a chegada ao Mont Ventoux, uma das suas montanhas mais emblemáticas. É no Col de la Loze, o teto deste Tour (2304 metros de altitude) e a besta negra de Pogacar em 2023, que a etapa rainha vai terminar, depois de escalados o Glandon e a Madeleine.