Kendrick Lamar recebeu zero, campeões levam milhares e anunciantes pagam milhões
Os Eagles estragaram a festa aos favoritos, os Kansas City Chiefs impedidos de celebrarem o terceiro título consecutivo, mas esta 59.ª edição do maior espetáculo desportivo do Mundo teve muito mais para ver e ouvir do que o que se passou em campo, onde o quarterback Patrick Mahomes foi a grande estrela.
SUPER BOWL CHAMPIONS!
— Philadelphia Eagles (@Eagles) February 10, 2025
THIS ONE’S FOR YOU PHILLY! pic.twitter.com/tWxrzozMQU
Mahomes e os restantes jogadores dos campeões vão receber cada um 171 mil euros de prémio, quase o dobro do que está reservado para os Chiefs. Aliás, Travis Kelce bem pode pegar nos seus 96 mil euros e levar a fiel namorada, Taylor Swift, a jantar fora e consolá-la após a estrondosa vaia que ouviu.
Bill Belichick showing up to the NFL Honors wearing all 8 of his Super Bowl rings after not getting interest in head coaching gigs is such a boss move pic.twitter.com/enWQVdSyXr
— internet hall of fame (@InternetH0F) February 10, 2025
Como se isso não bastasse, a cantora ainda teve de engolir a publicação de Donald Trump a gozar com o facto. O presidente dos Estados Unidos, que também foi ao jogo, regozijou-se com a situação, dizendo que foram os seus apoiantes a assobiá-la, uma vez que Swift fez campanha contra si. «A única pessoa que teve uma noite mais difícil do que os Kansas City Chiefs foi Taylor Swift», escreveu o presidente na rede social X.
How the Super Bowl ring has evolved over the years 💍 pic.twitter.com/Ay7TzI9l7H
— NFL (@NFL) February 7, 2025
A cantora também não vai poder apreciar os sempre excêntricos anéis dos campeões, com diamantes e outras pedras preciosas feitos à medida e que custam entre 30 a 50 mil euros.
Fora do campo, no famoso intervalo e, provavelmente, o momento mais esperado da noite, o rapper Kendrick Lamar era o cabeça de cartaz e o vencedor de cinco grammys na semana passada não defraudou expectativas. Com a ex-tenista Serena Williams como bailarina, cantou Not Like Us, a música do ano e que tanta tinta faz correr já que todos dizem que dá a entender que o rapper Drake é pedófilo, o que até já valeu uma ação judicial do canadiano por difamação. A verdade é que o estádio gritou minor (menor), quase em uníssono quando se ouviu a palavra na letra da música.
Lamar não recebeu dinheiro para atuar no intervalo do Super Bowl, o palco mais desejado por qualquer artista, porque a organização entende que só estar ali já é suficiente, além da visibilidade que trará a essa elite. A realidade é que num dia a música Not Like Us aumentou 430% no Spotify!
KENDRICK LAMAR, NOT LIKE US NO SUPER BOWL.
— Rap World (@rapworldbr) February 10, 2025
Ele realmente fez um estádio chamar o Drake de pedófilo em uma apresentação para o Mundo todo no SUPER BOWL…pic.twitter.com/zFZ7U32Do0
A tudo isto assistiram várias estrelas do futebol mundial. À cabeça, um quarteto do Inter de Miami, Messi, Suárez, Busquets e Jordi Alba. Mas não foram os únicos. Griezmann e Koke (Atlético de Madrid) voaram para os EUA, logo a seguir ao clássico de sábado frente ao Real Madrid (1-1), para ver o Super Bowl.
Para manter de pé esta enorme festa do desporto são necessários milhões. Muitos. E não é difícil perceber de onde vêm dado que cada 30 segundos de publicidade custou, este ano, 8 milhões de dólares e, em média, serão 70 anúncios, com tempos distintos.
Este ano, o preferido do público, de acordo com a ispot.tv custou 15 milhões de dólares, e foi para a Pfizer que destacou os seus esforços na investigação oncológica num anúncio intitulado Knock Out, ao som da música de LL Cool J.
The Top 10 Best Super Bowl Commercials of Super Bowl 59
— The Vigilant Fox 🦊 (@VigilantFox) February 10, 2025
#10 - Pfizer
As much as it pains me to say it, this was an effective ad.
Unfortunately, many viewers will fall for this propaganda using a cute kid to sell the narrative of Pfizer “knocking out” cancer. pic.twitter.com/QK97ZBLQn4