Sergiño Dest, lateral de 24 anos do PSV, recuperou o sorriso depois de 11 meses afastado dos relvados devido a lesão (Foto: IMAGO)
Sergiño Dest voltou aos relvados 11 meses depois

Voltou a jogar 11 meses depois e recorda: «Tive de reaprender a andar»

Sergiño Dest voltou finalmente aos relvados. O defesa do PSV fez a sua reestreia frente ao Heerenveen, após onze meses de recuperação. O internacional americano passou por um período particularmente difícil, durante o qual procurou refúgio no estrangeiro

Dest voltou a jogar pelo PSV pela primeira vez desde 13 de abril de 2024, quase 11 meses depois de uma rotura no ligamento cruzado dUM joelho. O treinador, Peter Bosz, concedeu-lhe meia hora de jogo na partida em casa contra o Heerenveen, para a Eredivisie. «Esta meia hora foi, sem dúvida, a melhor do último ano. Estou muito feliz por estar de volta. Isto esteve na minha cabeça durante onze meses, mas agora estou aqui», disse o jogador, após a vitória por 2-1 neste sábado. «Para mim, só importava uma coisa: 'quero entrar em campo'.»

«Treinador assustou-me»

Bosz recusou-se a prometer a Dest minutos em campo antes do jogo. A sua utilização dependeria exclusivamente do desenrolar da partida. O treinador de 61 anos reconhece que a situação não foi fácil para o jogador. «Ele veio ter comigo e disse: 'mister, assustou-me'. Eu já o tinha avisado que só jogaria se o jogo permitisse, mesmo que fossem apenas um ou dois minutos», afirmou Bosz com um sorriso, a propósito do regresso de Dest.

Período difícil superado

O lateral de 24 anos passou por várias experiências na sua carreira. Jogou no Ajax, no Barcelona e no Milan, mas os últimos meses foram de longe os mais difíceis: «Aceitei a situação rapidamente, pois não podia fazer nada para a mudar. Mas foram meses muito complicados, porque tive de reaprender a andar. Nem conseguia levantar um quilo com a perna. É realmente estranho. Isto ensina-nos a valorizar a importância de um corpo saudável.»

Dest procurou apoio junto dos colegas de equipa e staff do clube, mas também no defesa do Feyenoord, Quilindschy Hartman. «Estávamos na mesma situação, por isso foi bom poder conversar com alguém assim. Perguntávamos um ao outro como estávamos, o que foi reconfortante», explicou. «Não foi fácil, mas agora estou totalmente de volta. Finalmente posso mostrar-me novamente.»

Distração fora do futebol

Para o americano, nascido em Almere, a recuperação não se limitou ao relvado. Aproveitou também para realizar algumas atividades no estrangeiro. «Fiz parte da minha recuperação no estrangeiro, mas também fiz muita coisa fora do futebol, simplesmente para arejar a cabeça. Fui a Londres para um concerto, por exemplo, e estive na Semana da Moda de Paris.»

Treinador ainda tem medo

Dest jogou contra o Heerenveen como se nunca tivesse saído. Acabou por atuar meia hora, mas espera em breve poder jogar mais tempo. «Eu podia jogar ainda agora. Claro que tive de recuperar o fôlego algumas vezes, mas as minhas pernas não ficaram pesadas. Tenho de ser cauteloso e ir com calma, mas na verdade podia ter jogado mais do que meia hora. Senti que podia conquistar o mundo», continuou Dest. «Não tenho qualquer dúvida ou medo. Queria mesmo entrar nos duelos e pensei: 'Podem vir'.»

Apesar da confiança demonstrada por Dest, o mesmo não se podia dizer do seu treinador. «Ainda fico apreensivo quando ele começa com os seus dribles e fintas, mas os especialistas garantem que ele tem todas as capacidades. Confio neles», afirmou Bosz, visivelmente satisfeito com o seu pupilo. «Ele tem garra e joga muito bem. É uma combinação rara. Eu não jogava tão bem, mas tinha aquela garra», concluiu Bosz, com um toque de humor.