Tiago Pinto: «Quando o Svilar estava no Benfica já era o meu menino de ouro»
Tiago Pinto, diretor desportivo do Bournemouth, concedeu uma entrevista a Gianluca Di Marzio, jornalista italiano da Sky Sports, inserida no documentário Bournemouth, não me chamem mais de Cinderela, onde fez um flasback da sua carreira.
Aos 37 anos, conta com vasta experiência. Está agora na Premier League, mas antes passou pela Serie A, na Roma, e a passagem pelo Benfica serviu-lhe de rampa de lançamento.
«Em Inglaterra, especialmente no Bournemouth, redescobri a capacidade de fazer planeamentos com tempo e de ter uma estratégia clara no recrutamento. Na Roma e no Benfica a pressão dos media e dos adeptos muda o facto de quererem fazer as coisas estrategicamente», começou por dizer.
Tiago Pinto não esconde que a passagem pela Roma o fez evoluir e não escondeu algum saudosismo: «Na aventura em Roma cresci muito como diretor desportivo. Fiquei muito satisfeito por trabalhar em Itália com grandes nomes, como Paolo Maldini, Massara, Ausilio, Pantaleo Corvino, que é um amigo meu e ajudou-me muito. É um lugar especial. Nos três anos em que estive lá, nunca fui de falar muito sobre os adeptos, mas o que realmente sinto falta é deles. Acho que é impossível viver noutro estádio o que encontrei lá.»
E a contratação de Svilar veio à baila. Uma transferência que veio a revelar-se acertada, com o guarda-redes a dar cartas na Roma, depois de cinco épocas ao serviço do Benfica.
O Mile [Svilar] é um tipo muito especial. Quando vejo as defesas que ele faz fico emocionado. No Benfica chamava-lhe o meu menino de ouro. Era óbvio para mim que ele se tornaria num dos melhores do mundo, era apenas uma questão de tempo
«O Mile [Svilar] é um tipo muito especial. Todos os treinadores de guarda-redes com quem trabalhou sempre me disseram que era o melhor que já tiveram. Todos os jogadores que jogaram com Mile e todos os treinadores que o treinaram repetiram isso. Quando vejo as defesas que ele faz fico emocionado. No Benfica chamava-lhe o meu menino de ouro. Era óbvio para mim que ele se tornaria num dos melhores do mundo, era apenas uma questão de tempo.»
Após tantas contratações em que já esteve envolvido, entre Benfica, Roma e Bournemouth, Tiago Pinto foi claro quando questionado sobre o que quer do futuro: «Trabalho é trabalho, aquele com o Benfica e a Roma fez-me crescer muito, mas o mais importante para mim é que as pessoas com quem trabalhei possam dizer que sou uma boa pessoa. Quero ser lembrado como uma boa pessoa, acho que sou.»
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